A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Teresina, que investiga possíveis irregularidades financeiras durante a gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), está na fase de elaboração do relatório final. Após a conclusão do documento, as análises e constatações serão encaminhadas aos órgãos de controle e fiscalização competentes.

Assis Fernandes/O Dia

CPI do Rombo na Prefeitura deve apresentar relatório até o final de novembro

Instituída para apurar o déficit de até R$ 4 bilhões nas contas municipais, apontado pela atual gestão do prefeito Sílvio Mendes (União Brasil), a CPI entra agora em sua etapa conclusiva. O presidente da comissão, vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), afirmou ao PortalODia.com que o grupo está acelerando os trabalhos para que o relatório seja entregue antes do fim de novembro.

“Nós estamos acelerando [a entrega do relatório] para, muito antes do final de novembro, entregarmos, concluirmos e apresentar para esta Casa o relatório final, para ele ser aprovado ou não, e diante disso apresentar para os órgãos competentes, os órgãos que serão destinados o relatório final”, destacou o parlamentar.

De acordo com Dudu, os membros da comissão estão concentrados na análise de dados e documentos financeiros, buscando cruzar informações diretamente na Prefeitura de Teresina para evitar atrasos na obtenção de respostas formais.

“Agora é a gente trabalhar, nós estamos trabalhando muito em cima de números. Por isso que a gente está fazendo questão de ir lá na prefeitura, reunir com os secretários lá, para não perder tempo. Quando você pede uma informação, às vezes demora ali uma semana, 10 dias, 12 dias, 15 dias é o prazo máximo. E a gente não quer mais perder esse tempo. Nós queremos ir correndo para a gente fazer esses cruzamentos de informações”, explicou.

O vereador também não descarta a realização de novas oitivas para complementar o relatório final, caso surjam informações que exijam novos depoimentos.

“Tendo necessidade [de novas oitivas], nós não teremos problema nenhum de chamar seja quem for. Mas nós vamos estar aqui acelerando o relatório. Qualquer pessoa que participou e que participa de gestão, ela está passiva de ser chamada a depor. Foi relacionada a essas partes financeiras administrativa da prefeitura anterior a essa são passíveis a ser chamados. Nós não teremos problema nenhum de chamar, seja quem for”, argumentou.

Com a conclusão do relatório, a CPI pretende apresentar um diagnóstico detalhado sobre a situação financeira deixada pela administração anterior, indicando eventuais responsabilidades e encaminhamentos para o Ministério Público, Tribunal de Contas e outros órgãos fiscalizadores.