Dados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (7), apontam que o Piauí registrou em 2023 o maior número de pessoas ocupadas na atividade comercial desde o início da série histórica. Foram 119.031 trabalhadores empregados no setor, consolidando o melhor desempenho já registrado.

Assis Fernandes/O Dia

Comércio registra recorde de trabalhadores no Piauí, aponta IBGE

O comércio varejista lidera a geração de empregos no segmento, representando 76,3% das ocupações. Em seguida, aparecem o comércio atacadista, com 14,9%, e o setor de veículos, peças e motocicletas, com 8,8%. Os dois primeiros segmentos alcançaram marcas históricas em número de trabalhadores empregados, reforçando o papel do setor comercial como motor da economia piauiense.

Além do aumento na ocupação, o número de estabelecimentos comerciais que operam negócios de revenda também atingiu patamar recorde. Em 2023, o Piauí contabilizou 25.930 unidades de revenda em operação, um crescimento de 61,2% em relação a 2007, quando havia 16.082 unidades registradas. O avanço indica uma expansão significativa do ambiente de negócios no Estado ao longo dos últimos 17 anos.

O secretário de Trabalho e Emprego, José Santana, atribui os resultados positivos às políticas adotadas pelo Estado. Segundo ele, investimentos em qualificação profissional, por meio de cursos ofertados nas unidades móveis da Setre, têm sido essenciais para preparar a população para o mercado. “O Piauí lidera a geração de empregos formais no Nordeste no primeiro semestre de 2025, de acordo com o Caged, reflexo de um ambiente que favorece o desenvolvimento econômico”, destacou.

Santana também ressaltou os esforços para atrair novos empreendimentos e melhorar a infraestrutura logística, com destaque para projetos como o Porto Piauí, a rodovia Transcerrados e a interligação da Transnordestina. Ele afirmou ainda que, no segundo semestre, o foco será impulsionar o empreendedorismo local, por meio de capacitação, acesso a crédito e melhorias no funcionamento do Sistema Nacional de Emprego (Sine), fortalecendo o elo entre trabalhadores e oportunidades de trabalho.