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Audiência de instrução reforça inocência de Lucélia Maria no caso dos envenenamentos em Parnaíba

Advogado afirma que suspeita Maria dos Aflitos praticamente confessou o crime e isentou Lucélia de responsabilidade.

17/03/2025 às 18h42

Nesta segunda-feira (17), uma audiência de instrução realizada no Fórum da Comarca de Parnaíba reforçou a inocência de Lucélia Maria no caso dos envenenamentos ocorridos na cidade. Durante a sessão, foram ouvidas autoridades policiais e a suspeita Maria dos Aflitos, apontada como responsável pelos crimes ao lado de seu companheiro, Francisco de Assis.

Audiência de instrução reforça inocência de Lucélia Maria no caso dos envenenamentos em Parnaíba - (Divulgação ) Divulgação
Audiência de instrução reforça inocência de Lucélia Maria no caso dos envenenamentos em Parnaíba

O advogado de Lucélia, Sammai Cavalcanti, classificou a audiência como um "sucesso absoluto", destacando que Maria dos Aflitos praticamente confessou o crime e retirou qualquer envolvimento de Lucélia na tragédia.

“Hoje foi audiência de instrução, realmente foi uma audiência muito proveitosa para a defesa, inclusive com declarações da autoridade policial indicando realmente a inocência da Lucélia. A senhora Maria dos Aflitos também foi ouvida e praticamente confessou o crime, atribuindo a responsabilidade do assassinato dos dois infantes lá em agosto do pretérito ano ao companheiro dela, o Francisco de Assis”, declarou o advogado.

Entenda o caso

Lucélia Maria foi presa em agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba. Desde o início, ela afirmava sua inocência, mas apenas em janeiro a polícia confirmou que os cajus que ela doou para os meninos João Miguel e Ulisses não estavam envenenados.

Lucelia Maria da Conceição Silva,  era suspeita de envenenar crianças em Parnaíba. - (Reprodução) Reprodução
Lucelia Maria da Conceição Silva, era suspeita de envenenar crianças em Parnaíba.

O caso teve uma reviravolta quando, no início deste ano, outras nove pessoas da mesma família foram envenenadas. Todas eram parentes dos meninos João Miguel e Ulisses, que faleceram em Teresina após ingerirem terbufós, conhecido popularmente como chumbinho.

Inicialmente, a principal suspeita era que o veneno estivesse nos cajus dados por Lucélia às crianças. Como a polícia encontrou veneno de rato na casa dela, foi decretada sua prisão preventiva. No entanto, com o laudo pericial comprovando que os cajus não estavam contaminados, as investigações passaram a apontar Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, como o verdadeiro responsável.

Maria dos Aflitos e Francisco de Assis foram indiciados por 23 crimes.  - (Divulgação ) Divulgação
Maria dos Aflitos e Francisco de Assis foram indiciados por 23 crimes.

As apurações concluíram que Francisco de Assis planejou e executou os envenenamentos com a ajuda de sua companheira, Maria dos Aflitos Silva, que era mãe e avó das vítimas. Segundo a Polícia Civil, os crimes foram premeditados pelo casal. Outra vítima, Maria Jocilene, morreu após tomar um café envenenado na casa da família. A polícia também revelou que ela mantinha um relacionamento extraconjugal com Maria dos Aflitos.

Indiciamento e penas

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre os envenenamentos no dia 6 de março e indiciou Maria dos Aflitos e Francisco de Assis por 23 crimes, que, somados, podem resultar em mais de 300 anos de prisão.

Maria dos Aflitos foi indiciada por: quatro homicídios triplamente qualificados, quatro feminicídios, duas tentativas de feminicídio, uma tentativa de homicídio triplamente qualificada e uma denunciação caluniosa.

Francisco de Assis foi indiciado por: quatro homicídios triplamente qualificados, três feminicídios, duas tentativas de feminicídio, uma tentativa de homicídio triplamente qualificada e um crime de fraude processual.


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