Giorgio Armani, estilista italiano e um dos maiores responsáveis pela definição da moda, especialmente na década de 1980, morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos. “Com infinito pesar, o grupo Armani anuncia o falecimento de seu criador, fundador e incansável motor: Giorgio Armani”, disse a grife em comunicado, através das redes sociais.

Certamente um dos estilistas e modistas mais conhecidos e bem sucedidos mundialmente, Giorgio Armani começou a trabalhar como design de moda feminina e masculina no início da década de 1970, após passar seis anos trabalhando como assistente de um alfaiate, na Itália. Em 1975, aos 40 anos e com os fundos da venda de um carro antigo, fundou a grife Armani, que se tornou uma das marcas mais emblemáticas para o cenário fashion em todo o mundo.

Reprodução/Instagram

Grande ícone da moda mundial, Giorgio Armani morre aos 91 anos

“O Senhor Armani, como sempre foi chamado com respeito e admiração por funcionários e colaboradores, faleceu serenamente, cercado por seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções, aos diversos e sempre novos projetos em andamento e em desenvolvimento”, publicou a grife via comunicado.

Em 2019, a marca Armani já acumulava mais de 2 bilhões de euros em lucro e contava com cerca de 8.000 funcionários. Sem filhos, Giorgio Armani acumulava uma fortuna de cerca de R$ 65 bilhões e, ao longo das últimas cinco décadas atuou na comercialização de perfumes, maquiagem, acessórios, roupas esportivas, design de interiores, imóveis, restaurantes e hotéis, além de ser proprietário de um clube de basquete italiano.

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Grande ícone da moda mundial, Giorgio Armani morre aos 91 anos

“Ao longo dos anos, Giorgio Armani criou uma visão que se estendeu da moda a todos os aspectos da vida, antecipando os tempos com extraordinária clareza e concretude. Foi guiado por uma curiosidade inesgotável, atenção ao presente e às pessoas. Neste caminho, criou um diálogo aberto com o público, tornando-se uma figura amada e respeitada pela capacidade de se comunicar com todos. Sempre atento às necessidades da comunidade, empenhou-se em muitas frentes, especialmente em relação à sua amada Milão”, disse a grife nas redes.

Arquétipo de elegância e estilo para homens e mulheres italianos e de todo o mundo, Giorgio Armani deixa um legado de pioneirismo e modernidade. Em 2006, Giorgio se tornou o primeiro designer a banir modelos abaixo do peso de passarelas, após a morte da modelo Ana Carolina Reston, no mesmo ano, por anorexia nervosa. Em mais de meio século de atuação, o estilista foi responsável por inúmeras mudanças na moda mundial, elevando e chamando atenção para temas de extrema importância nesse cenário e moldando a moda ao que é nos dias atuais.

Rebeca Negreiros, especial para o Portal O Dia, com edição de Isabela Lopes.