O sargento da Polícia Militar, Francisco Ferreira de Sousa Filho, foi preso durante uma operação do DRACO (Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) acusado de integrar uma facção criminosa na cidade de Pedro II. Segundo as investigações, o sargento da PM fazia a segurança do principal líder da facção e repassava informações para a quadrilha sobre as ações da polícia e as operações policiais que seriam deflagradas.
A informação foi confirmada pelo coordenador do DRACO, delegado Charles Pessoa. De acordo com ele, o sargento Francisco também costumava guardar em sua residência objetos roubados que eram apreendidos pela polícia em operações.
“Iniciamos um trabalho para desarticular uma célula de uma facção criminosa lá em Pedro II e no decorrer da investigação, identificamos o envolvimento desse servidor com essa célula. Ele tanto se utilizava da situação dele ser PM para repassar informações das operações para esse grupo, como também fazia as vezes de segurança do principal líder, que foi preso na operação”, relatou o delegado.
Ainda segundo Charles Pessoa, o sargento Francisco Ferreira de Sousa Filho costumava repassar para os faccionados informações sobre onde e em que momento a polícia iria agir. De posse destas informações, os integrantes da facção conseguiam se antecipar à abordagem policial e fugir ou esconder provas de delitos e de envolvimento com o crime organizado.
PM foi preso em flagrante com moto roubada em sua casa
No último dia 06 de abril, o sargento Francisco Ferreira de Sousa Filho foi preso em flagrante por equipes da Delegacia de Pedro II com uma motocicleta roubada em sua residência. Ele passou por audiência de custódia e teve o flagrante convertido em prisão preventiva. Consta na ata da audiência que por volta das 6h o sábado (06), foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do sargento, onde foi encontrada uma motocicleta Honda Bros de cor preta com numeração de chassi e motor adulterados.
Ele foi conduzido à delegacia por não ter apresentado a documentação do veículo à polícia. A moto foi apreendida junto com o aparelho celular do PM e sua arma. Durante o interrogatório, o sargento Francisco Filho afirmou que a moto havia sido apreendida em ação da polícia e que ele havia solicitado ao juiz de Pedro II para ser depositário fiel da do veículo. Após receber a documentação judicial, ele disse que obteve a moto na sede da Polinter.
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Ele afirmou que tinha conhecimento das adulterações da motocicleta e que, com o tempo, a documentação informada foi extraviada.
O juiz homologou o flagrante do sargento Francisco e disse que há materialidade criminal e indícios suficientes da autoria delitiva. “Entendo presentes os requisitos necessários à conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, única medida apta à preservação da ordem pública, sendo necessária, inclusive para a instrução criminal”, disse a juíza Maria Helena Rezende Andrade Cavalcante, da comarca de Esperantina, na decisão.