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Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são alvos da PF por suspeita de desvio de cotas parlamentares

Com Sóstenes, foi apreendido cerca de R$ 400 mil em espécie

19/12/2025 às 15h10

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (19), a operação Galho Franco, que investiga desvios de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares. Dentre os alvos, estão os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ).

Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são alvos da PF por suspeita de desvio de cotas parlamentares - (Divulgação/PF) Divulgação/PF
Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são alvos da PF por suspeita de desvio de cotas parlamentares

Policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Distrito Federal e no estado do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação de verba pública.

A ação é desdobramento de operação deflagrada em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A PF apreendeu com o deputado Sóstenes Cavalcante cerca de R$ 430 mil em espécie, em um flat alugado pelo parlamentar, na área central de Brasília. Após a apreensão, ele afirmou que o montante é fruto da venda de um imóvel em Minas Gerais.

"Aprendam uma coisa: dinheiro de corrupção não aparece lacrado, identificado e recolhido oficialmente na sua residência. Quem quer viver de corrupção, bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, está lacrado, tem a origem, então não tenho nada a temer", justificou.

O deputado Carlos Jordy, repudiou a ação da Polícia Federal, ressaltando que sua filha comemora aniversário nesta sexta-feira. "Fizeram uma busca e apreensão em mim, mais uma busca-apreensão, aliás, parece que buscam sempre fazer essas diligências contra mim em aniversários de pessoas da minha família", disse.

Ainda segundo a PF, o esquema de desvio de cota parlamentar contou com a participação de funcionários comissionados dos gabinetes de ambos os deputados e uso de empresas de fachada.

As investigações indicam que as verbas eram sacadas e depositadas de forma fracionada em quantias inferiores a R$ 10 mil, com a intenção de despistar a fiscalização da aplicação dos recursos.

A PF enviou um relatório ao Superior Tribunal Federal (STF), indicando uma movimentação de mais de R$ 27 milhões, sem origem identificada, entre os anos de 2023 e 2024. Os valores foram movimentados por assessores do PL e familiares.


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Com supervisão de Nathalia Amaral