A América Latina é uma das regiões mais promissoras para a adoção de criptomoedas. Em 2024, uma pesquisa conduzida pela Binance revelou que 95% dos usuários latino-americanos acreditam que o uso de criptomoedas continuará crescendo nos próximos cinco anos. O mercado de ativos digitais na região não só está se expandindo como também está diversificando suas aplicações.
Atraindo assim, um público variado que vai desde investidores individuais até grandes empresas. No Brasil, em particular, o avanço das criptomoedas é evidente e reflete uma transformação digital que não pode ser ignorada. Com o aumento no número de usuários e na quantidade de transações envolvendo moedas digitais, o país está liderando a adoção na América Latina.
Dados da Triple-A mostram que aproximadamente 16 milhões de brasileiros utilizam criptomoedas, o que corresponde a 7,8% da população. Há cada vez mais opções de criptomoedas com potencial na Coinbase e os números colocam o Brasil no topo do ranking regional e entre os maiores mercados de criptomoedas no mundo.
Além disso, o governo brasileiro tem dado passos importantes para regulamentar o mercado de criptomoedas. Em 2023, entrou em vigor a Lei nº 14.478, conhecida como "Marco Legal das Criptomoedas", que estabelece diretrizes para o uso e a operação de ativos digitais no país. Essa regulamentação está contribuindo para aumentar a segurança e a transparência das operações, atraindo ainda mais investidores e empresas para o setor.
Empresas brasileiras também estão começando a aceitar pagamentos em criptomoedas. Redes varejistas, startups e até mesmo instituições de ensino já permitem que clientes realizem pagamentos com Bitcoin e outras moedas digitais. Isso reforça o uso das criptomoedas como meio de pagamento no dia a dia e acelera sua popularização.
Na América Latina, uma das razões que impulsionam a adoção de criptomoedas é a busca por proteção contra a inflação e desvalorização cambial. Países como Argentina e Venezuela enfrentam crises econômicas severas, o que tem levado muitas pessoas a buscar refúgio financeiro em moedas digitais.
Já no Brasil, apesar de uma inflação mais controlada em comparação a outros países da região, muitos cidadãos estão utilizando criptomoedas como forma de diversificar seus investimentos. Segundo o relatório "State of Global Crypto Adoption" da Chainalysis, o país ocupa a nona posição no ranking global de adoção de criptomoedas, com um mercado que continua a crescer mesmo em meio a volatilidades.
As stablecoins, que têm seu valor atrelado a moedas fiduciárias como o dólar, também têm ganhado espaço no mercado brasileiro. Essas moedas são usadas como uma forma de preservar valor em períodos de instabilidade econômica, sendo muito utilizadas para transações e remessas internacionais.
Mas, além do uso individual, as criptomoedas têm atraído a atenção de grandes empresas e instituições na América Latina. No Brasil, bancos e fintechs estão investindo em soluções baseadas em blockchain para oferecer serviços mais rápidos e seguros aos seus clientes. Instituições como Itaú e Nubank já lançaram projetos relacionados a ativos digitais, o que demonstra a integração das criptomoedas no sistema financeiro tradicional.
Outro ponto é o aumento da acessibilidade ao mercado de criptomoedas por meio de produtos como ETFs. A B3, bolsa de valores brasileira, já disponibiliza ETFs baseados em Bitcoin e Ethereum, permitindo que investidores diversifiquem suas carteiras de forma simples e regulamentada.
Além disso, plataformas de pagamento como Binance Pay têm facilitado a adoção de criptomoedas na região. De acordo com a Binance, em 2023, o uso do Binance Pay cresceu 105% em número de transações na América Latina, se tornando a região como um dos principais mercados para pagamentos digitais.
Porém, apesar do crescimento, a falta de educação financeira ainda é um problema para a adoção em massa das criptomoedas na América Latina. No Brasil, iniciativas de educação financeira e inclusão digital têm sido fundamentais para promover o uso responsável e seguro desses ativos.
Empresas e instituições educacionais têm investido em cursos e workshops para ensinar os brasileiros sobre o funcionamento das criptomoedas, suas aplicações e os riscos associados. Esses esforços têm como objetivo capacitar a população para tomar decisões e evitar armadilhas como golpes e fraudes, que ainda são recorrentes no setor.
Por outro lado, a inclusão digital também é um fator importante para a expansão do mercado cripto. Segundo o IBGE, cerca de 90% da população brasileira tem acesso à internet, o que cria um ambiente favorável para o uso de plataformas digitais e, consequentemente, para a adoção de criptomoedas.
As expectativas para o futuro das criptomoedas na América Latina, especialmente no Brasil, são bastante otimistas. A pesquisa da Binance mostrou que 86% dos usuários na região acreditam que os preços das criptomoedas subirão até o final de 2024. Além disso, o relatório "Global Crypto Adoption Index" da Chainalysis projeta que a adoção de criptomoedas continuará crescendo na região, impulsionada pela inovação tecnológica e por casos de uso práticos.
No entanto, o mercado de criptomoedas ainda tem muitas ressalvas, como a volatilidade e a regulamentação. Apesar disso, o aumento da confiança no setor e os avanços na infraestrutura digital indicam que a América Latina tem potencial para se tornar uma referência na adoção de criptomoedas nos próximos anos.
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