A Receita Federal tem alertado os cidadãos sobre golpes que têm circulado por e-mail, aplicativos de mensagens e até ligações telefônicas. Criminosos dispararam em massa mensagens falsas, simulando comunicação oficial da Receita Federal, para induzir contribuintes, pessoas físicas e jurídicas, a pagar supostos débitos tributários.

Tânia Rego/Agência Brasil

Receita Federal acende alerta sobre o golpe da falsa mensagem do débito tributário; entenda

Os fraudadores falsificam o endereço do remetente para parecer legítimo e também falsificam os modelos de documentos de arrecadação oficial, além de simularem plataformas de atendimento oficial. Em casos recentes, as mensagens exibiam remetentes como “RECEITA” e endereços reais do órgão, para dar credibilidade à fraude. Além disso, usam elementos visuais da Receita Federal e da plataforma gov.br, citam legislações e até inserem assinaturas falsas de autoridades do órgão.

As mensagens apresentam tom alarmante, afirmando que, caso os débitos não sejam quitados, serão encaminhados à Dívida Ativa da União, gerenciada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Os golpistas alegam que o CPF do contribuinte será bloqueado, impedindo-o de realizar Pix ou outros atos da vida civil. Também prometem descontos de até 65% para pagamento imediato e mencionam falsos relatos de pessoas que teriam sofrido sanções por não quitar a dívida.

O objetivo é induzir o contribuinte a clicar em links maliciosos, o que pode resultar na instalação de programas nocivos e roubo de dados pessoais. Além de estimular os contribuintes a realizarem pagamentos de supostos débitos que têm os golpistas como beneficiários.

O alerta foi emitido pela Superintendência Regional da Receita Federal na 3ª Região Fiscal, que abrange os estados do Piauí, Ceará e Maranhão.

A Receita Federal informou que não envia e-mails nem outras mensagens por meios digitais com links, cobranças ou ameaças. Além disso, endereços de e-mail do órgão são usados apenas para responder demandas iniciadas pelo próprio contribuinte. Suspeite de mensagens com tom alarmante, ainda que sem erros ortográficos ou que respondam a e-mails que você não enviou.

Outras orientações são nunca clicar em links nem abrir anexos suspeitos. Não realizar pagamentos sem ter certeza de que se trata de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).

Para verificar sua situação fiscal, utilize exclusivamente os canais oficiais: www.gov.br/receitafederal, Portal e-CAC, atendimento presencial ou pelos canais oficiais listados no site. Caso receba mensagens suspeitas, ignore-as e denuncie à Ouvidoria da Receita Federal e às autoridades policiais competentes.