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O cantor e compositor, Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Arlindo estava hospitalizado desde março deste ano, quando foi diagnosticado com pneumonia. Desde 2017, o artista convivia com sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, que o afastou dos palcos e exigiu uma rotina de cuidados intensivos.
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A saúde de Arlindo Cruz apresentou uma piora significativa ao longo dos últimos anos, especialmente a partir de 2017, quando o cantor sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Desde então, ele passou a conviver com sequelas neurológicas e a enfrentar um quadro clínico instável, marcado por altos e baixos e sucessivas internações hospitalares.
Em 2023, o estado de saúde do artista voltou a preocupar. No mês de julho, foi divulgado que Arlindo estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, localizada no bairro Humaitá, no Rio de Janeiro, devido a um quadro de pneumonia. Ainda nesse mesmo ano, ele enfrentou uma caxumba bacteriana, que o manteve hospitalizado por quase um mês sob cuidados médicos intensivos.
No ano seguinte, em 2024, novas complicações surgiram. Arlindo precisou ser internado novamente para tratar infecções nos tratos respiratório e urinário. Em julho, passou por um procedimento hospitalar para realizar a extração de quatro dentes, o que exigiu acompanhamento especializado devido à sua condição de saúde já fragilizada.
Desde março de 2025, o sambista permanecia internado e, de acordo com familiares, já não respondia mais a estímulos. Sem se apresentar publicamente desde o AVC, Arlindo vinha enfrentando uma longa e difícil batalha pela vida, marcada por diversas complicações médicas.
Quem foi Arlindo Cruz?
Nascido em Piedade, no Rio de Janeiro, em 1958, Arlindo teve contato com a música desde cedo, influenciado pelo seu pai, que era músico amador. Ele se tornou conhecido por sua participação no famoso grupo Fundo de Quintal, do qual fez parte por 12 anos. O grupo foi fundamental para o movimento que renovou o samba nos anos 80, conhecido como pagode.
Ao longo de sua carreira, Arlindo Cruz escreveu mais de 500 músicas, muitas delas gravadas por artistas como Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Maria Rita. Seus sambas são marcados por melodias envolventes, letras poéticas e temas que vão do cotidiano à espiritualidade, passando por amor, festa e resistência. Canções como "O Show Tem Que Continuar", "Meu Lugar" e "Tá Perdoado" são exemplos de sua sensibilidade musical e de sua conexão com o povo.
Ele também teve uma carreira solo de sucesso, lançando álbuns e DVDs que se tornaram grandes referências para o samba. Além disso, Arlindo era um forte nome no carnaval carioca, sendo compositor de sambas-enredo para escolas como a Império Serrano.
Saúde e Homenagens
Em março de 2017, Arlindo Cruz sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o deixou com graves sequelas, impossibilitando-o de continuar sua carreira ativamente. Desde então, ele esteve sob cuidados médicos e da família, especialmente de sua esposa, Babi Cruz.
Apesar da doença, seu legado permaneceu vivo e foi celebrado por muitos. Em 2023, a escola de samba Império Serrano o homenageou com o enredo "Lugares de Arlindo", um tributo à sua vida e obra.
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