A influenciadora Isabel Veloso, conhecida por compartilhar sua rotina de tratamento contra um linfoma de Hodgkin, precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e entubada. A informação foi compartilhada pelo marido na influencer, Lucas Borbas, nesta quinta-feira (27).

Reprodução/ Instagram

Isabel Veloso é intubada após hipermagnesemia; entenda condição

Lucas apareceu chorando nos stories do Instagram e pediu orações por Isabel. Segundo ele, a influenciadora passou "muito mal" durante a madrugada. No hospital, foi constatado que ela estava com excesso de magnésio no sangue. "Depois disso, a Isabel parou de respirar e de ter saturação", disse ele.

Na quarta (26), o marido da influencer havia compartilhado que Isabel passaria por uma colonoscopia e uma endoscopia. Ela recebeu alta do hospital no último dia 10 após passar por um transplante de medula óssea.

Isabel realizou o transplante em outubro. Tanto seu o pai quanto sua mãe e a irmã eram potenciais doadores, com 50% de compatibilidade da medula, mas a equipe médica optou pela doação do pai.

Isabel foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin em 2021. Em maio, ela usou as redes sociais para anunciar que o câncer estava em remissão e que poderia fazer um transplante de medula óssea. A influenciadora estava em cuidados paliativos até então.

O que é hipermagnesemia?

A hipermagnesemia é a elevação anormal dos níveis de magnésio no sangue. Embora menos comum que outras alterações eletrolíticas, representa um quadro potencialmente grave, especialmente em pacientes com doenças renais. Isso ocorre porque os rins são responsáveis por eliminar o excesso desse mineral; quando não funcionam adequadamente, o magnésio se acumula no organismo.

Sintomas e riscos

Os sintomas da hipermagnesemia variam conforme a concentração do mineral no sangue. Níveis discretamente elevados podem ser assintomáticos. Contudo, à medida que a concentração aumenta, manifestações clínicas podem surgir, incluindo:

• Fraqueza muscular e diminuição dos reflexos.
• Hipotensão (pressão arterial baixa).
• Náuseas e ruborização (vermelhidão da pele).

Em casos de hipermagnesemia grave (níveis muito altos, geralmente acima de 10-15 mg/dL), o quadro é uma emergência médica. Os riscos aumentam drasticamente, podendo levar a:

• Depressão respiratória (dificuldade e lentidão na respiração), causada pelo enfraquecimento dos músculos respiratórios.
• Bloqueio cardíaco e parada cardíaca, devido à interferência do magnésio na condução elétrica do coração.

Paralisia muscular (tetraplegia flácida).