A Polícia Civil incluiu Carlos Alberto Sousa, pai de Vitória Regina Sousa, na lista de suspeitos pelo assassinato da adolescente de 17 anos em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. A decisão ocorreu no último domingo (09), quatro dias após o corpo da jovem ter sido encontrado em uma área de mata com sinais de tortura.
LEIA TAMBÉM

A inclusão de Carlos na investigação se deu após a polícia identificar comportamentos considerados suspeitos e possíveis omissões em seu depoimento. De acordo com as investigações, Carlos teria feito ligações para Vitória na madrugada do desaparecimento, mas omitiu essa informação em seu depoimento. Além disso, testemunhas relataram que ele pediu um terreno ao prefeito de Cajamar, Kauan Berto (PSD), logo após o crime, o que levantou suspeitas sobre suas intenções.
Em entrevista à imprensa, Carlos Alberto Sousa, negou qualquer envolvimento no crime. "Qual é o pai que, quando uma filha desaparece, não tenta falar com ela?", questionou. Ele também justificou o pedido de terreno ao prefeito, alegando que queria sair da região. "Cheguei a falar com o prefeito, sim. Eu pedi para ele conseguir qualquer lugar para eu ir, porque aqui eu já perdi dois filhos", disse.
A polícia também identificou que, no dia do crime, Carlos deixou de buscar a filha no trabalho, uma rotina que mantinha regularmente, alegando que seu carro estava em uma oficina para reparos. A relação entre Vitória e sua família também é alvo de apuração, uma vez que a jovem expressava o desejo de se mudar de casa devido a conflitos em casa.
No sábado (08), Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, foi preso por suspeita de envolvimento no caso. Maicol era vizinho da família e dono de um Toyota Corolla prata visto na estrada de terra onde Vitória desapareceu na noite de 27 de fevereiro. O veículo estava emprestado para Gustavo Moraes, ex-namorado da vítima e também investigado.
Maicol entrou em contradição ao afirmar que estava em casa com a esposa na noite do crime. Mas sua esposa negou a versão e disse que não estava com ele no momento do desaparecimento da jovem. Além disso, testemunhas relataram movimentações suspeitas na residência do suspeito naquela noite.
Outro nome que continua sob suspeita é Gustavo Vinicius Moraes, ex-namorado de Vitória. Inicialmente, ele afirmou não ter recebido mensagens da jovem pedindo carona na noite do desaparecimento. No entanto, a triangulação das antenas de celular mostrou que ele esteve próximo do local do crime por volta de 0h35.
Apesar do pedido de prisão feito pela polícia, a Justiça negou por falta de provas. Gustavo se apresentou voluntariamente à delegacia na última semana, alegando estar se sentindo ameaçado.
A polícia segue analisando provas e depoimentos para esclarecer a dinâmica do assassinato e identificar todos os envolvidos. A principal hipótese até o momento é que o crime tenha sido motivado por vingança ou um desentendimento pessoal.
Entenda o caso
A jovem, Vitória Regina foi vista pela última vez ao sair do shopping onde trabalhava e pegar um ônibus para casa, no dia 27 de fevereiro. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem sendo seguida por dois homens, que subiu no mesmo coletivo que ela. A polícia investiga a relação entre os suspeitos e o crime.
No dia 9 de março, o corpo de Vitória Regina foi localizado em estado avançado de decomposição e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia. Parentes da adolescente identificaram o corpo por meio de tatuagens. A jovem foi encontrada sem roupas e com os cabelos raspados.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.