O ministro Alexandre de Moraes votou nesta sexta-feira (20), em sessão de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), pela condenação do acusado de furtar a bola autografada por Neymar, na Câmara dos Deputados em um período de 17 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Pablo Valadares / Câmara dos Deputados.

Bola autografada por Neymar furtada nos atos de 8 de janeiro.

O voto dado por Moraes, ocorreu no julgamento virtual em denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nelson além de furtar a bola autografada por Neymar, na peça que estava exposta no museu da Câmara dos Deputados, responde pela acusação de invadir o Congresso Nacional.

Em 28 de janeiro de 2023, Nelson se apresentou na sede da Polícia Federal de Sorocaba (SP) e devolveu a bola. No depoimento dado aos policiais, o suspeito informou que encontrou a bola no chão, fora da proteção e que pegou a bola para protegê-la e posteriormente devolvê-la.

Em seu voto, Alexandre de Moraes informou que o acusado confessou ter furtado o bem, que pertence ao patrimônio público da União, e que ele deve pagar R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação, que deverá ser dividido solidariamente entre todos os condenados pelas invasões. "Importante destacar que o reconhecimento do arrependimento posterior não afasta a tipicidade da conduta nem exclui a responsabilidade penal do agente", entendeu o ministro.

A votação ocorre no plenário virtual da Primeira Turma da Corte e ficará aberta até segunda-feira (30). Faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.