Após a notificação de 20 casos de sarampo no Tocantins e o crescimento expressivo da doença nas Américas neste ano, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina intensificou ações de vigilância epidemiológica e convoca a população não vacinada para se imunizar contra a doença.

Lucas Dias/Semcom

Teresina intensifica vacinação contra sarampo após notificações de casos no Tocantins

Algumas medidas estratégicas foram recomendadas aos municípios, pelo Ministério da Saúde para conter possíveis surtos, como a notificação imediata de casos suspeitos, investigação e coleta de material para diagnóstico laboratorial e intensificação da vacinação, incluindo trabalhadores de saúde.

Segundo Emanuelle Dias, coordenadora de Vacinação da FMS, a cobertura vacinal entre o público infantil está em aproximadamente 88% para a primeira dose da vacina tríplice viral e em 70% para a segunda dose e a meta é alcançar coberturas superiores a 90% em toda população, com foco nos grupos prioritários.

A vacina tríplice viral deve ser tomada pelo público infantil até os 12 meses e a tetra viral até os 15 meses. Caso não tenha recebido a dose nessa faixa etária, não tenha comprovação ou esteja com esquema incompleto, terá que receber duas doses da tríplice viral, caso tenha entre 5 e 29 anos, ou uma dose única da tríplice viral caso tenha 30 a 59 anos. Profissionais de saúde devem tomar suas doses da tríplice viral, independente da idade, exceto gestantes e imunodeprimidos graves.

A vacina contra o sarampo está disponível nas 91 Unidades Básicas de Saúde e nas maternidades de Teresina, nos turnos manhã e tarde. No posto do Teresina Shopping, a vacina está disponível de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, e aos sábados, das 10h às 20h.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da doença são irritação nos olhos, corrimento no nariz, mancha branca na parte interna da bochecha, mal estar, tosse, mancha vermelha na pele. Pode ocorrer também febre e convulsão, infecção nos ouvidos, conjuntivite, pneumonia, perda de apetite, diarreia. Em casos mais graves, lesão cerebral e óbito.

Breno Noah, diretor interino de Vigilância em Saúde da FMS, explica que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas não imunizadas com quem tiver contato. “E o vírus pode permanecer ativo e contagioso no ar ou em superfícies por algum tempo, mesmo após a saída da pessoa infectada do ambiente, sendo assim, a transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas contaminadas", alertou.