Quatro suspeitos de participação no sequestro e na morte do adolescente Carlos Alexandre Pereira de Sousa, de 14 anos, foram presos nesta quarta-feira (2) pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os indivíduos foram identificados pelas iniciais F. C. S., vulgo "Rato"; M. R. de F., e M. V. R. dos S., vulgo "Pé de Porco". Segundo o delegado Jorge Terceiro, chefe da Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas (Desap), dos quatros indivíduos, dois já estavam no sistema prisional; um terceiro, considerado o chefe do grupo criminoso responsável pelo crime, foi conduzido ao DHPP e segue preso.

Um quarto suspeito de participar do crime - com o veículo usado no sequestro e na desova do corpo - chegou a ser conduzido pelos policiais ao DHPP. Porém, após oitiva, ele foi liberado, pois a polícia recebeu informações de que o carro, na verdade, teria sido tomado de assalto e usado para o cometimento do crime, sem o envolvimento do dono na ação criminosa.

Quem detalha o caso é o delegado que investiga o crime, Jorge Terceiro. Segundo ele, a motivação do crime seria a disputa territorial entre facções criminosas. “A vítima, apesar de não ter indícios de que Carlos Alexandre cometeu algum ato criminoso, ele possuía parentes e morava na área de uma facção rival. Todos os indivíduos detidos são dos Três Andares, onde atua a facção Bonde dos 40. Eles teriam uma rixa com a facção da Vila da Guia (primeiro Comando da Capital), onde a vítima foi sequestrada e depois morta na região dos Torrões”, detalhou Jorge Terceiro.

A prisão dos suspeitos pode levar os investigadores para novas diligências e prisões. “Não descartamos a possibilidade de outras pessoas virem a ser localizadas e detidas em razão desse crime hediondo”, complementou.
O crime
Carlos Alexandre foi morto com um tiro na cabeça. O jovem havia sido sequestrado por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), na Vila da Guia, na zona Sudeste de Teresina e o seu paradeiro ficou por cerca de um mês desconhecido, quando foi encontrado na região do Povoado Torrões.
Desde o início, as investigações apontavam que a possível motivação do crime teria sido o fato do adolescente residir em uma área dominada pela facção Bonde dos 40, grupo rival ao PCC. Os executores, ao passarem pela região da Vila da Guia, avistaram o menor e decidiram realizar o sequestro e executar a vítima.
“A vítima, apesar de não ter elementos de que ele diretamente participasse de qualquer ato criminoso vinculado a qualquer facção, tinha apenas 14 anos de idade. Mas ele tem parentes que seriam vinculados a um dos grupos. Isso poderia ter sido a motivação para sequestrar e matar o rapaz”, relata o delegado. A causa da morte foi um disparo de arma de fogo que transfixou o crânio da vítima. O procedimento investigatório, que estava como sequestro, ficou como homicídio.
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