A Prefeitura de Teresina estuda aumentar a segurança armada no aterro sanitário da capital. Equipes da Semcaspi, Eturb e da própria PMT visitaram o lixão nesta manhã (03) para começar o levantamento e o cadastramento de catadores. A medida vai permitir restringir o acesso ao lixão. As informações foram confirmadas ao Portalodia.com pelo secretário de Comunicação do Município, Ellyo Teixeira.
A visita ao aterro sanitário contou com a presença do coordenador municipal de Direitos Humano, Miranda Neto, do secretário municipal de Segurança, coronel Wagner Torres, e da comandante da Guarda Municipal de Teresina, Lucijane Ibiapina.
Em conversa com o Portalodia.com, o secretário Ellyo Teixeira explicou que a visita teve o objetivo de conhecer a realidade de quem depende do aterro sanitário para ter uma renda e ver de perto o que precisa ser feito para garantir que só tenha acesso ao espaço pessoas previamente autorizadas, como prevê a legislação.
“A Prefeitura decidiu acatar uma recomendação do Ministério Público que pediu à empresa responsável pela administração do aterro a proibição de menores no local e uma restrição maior sobre quem vai poder ter acesso. Buscamos entender quantas famílias dependem do aterro e agora a Semcaspi vai fazer o cadastramento destas pessoas. Estamos cobrando da empresa gestora o aumento da fiscalização armada, porque tem a ações de facções dentro e no entorno daquele espaço”, explica Ellyo.
Com o cadastramento junto à Prefeitura, o acesso ao aterro sanitário deverá ficar restrito apenas a quem tiver seus dados no sistema da Semcaspi. A ação deve dificultar, ainda, a ação dos chamados atravessadores, indivíduos que atuam como intermediários na compra e venda de materiais recicláveis coletados por catadores.
Aterro não será fechado
Está em andamento a licitação para a construção de dois novos aterros controlados em Teresina. Com as duas novas instalações, o atual aterro sanitário terá seu uso restrito, recebendo apenas resíduos de varrição e capina. Mas isso não significa que ele será fechado nem total, nem parcialmente. Somente seu uso será alterado.
Desta forma, vamos deixar ainda mais restrito o uso e o acesso ao aterro. Ele já tem uma vida útil bem limitada no atual momento e por isso estamos tomando estas medidas. A ideia é que ele se destine ao lixo de capina e varrição e os outros dois espaços novos funcionem com o lixo domiciliar”, explica o secretário de Comunicação da Prefeitura.
Morte de adolescente
O aterro sanitário de Teresina entrou no centro do debate depois que um adolescente de 12 anos morreu no local, atropelado por um trator enquanto dormia. O fato chamou atenção da população e das autoridades para a necessidades de regras mais rígidas de acesso ao espaço. No começo da semana, vereadores da capital visitaram o aterro e cobraram do poder público o cadastramento das pessoas autorizadas a estarem no local. O requerimento foi formalmente protocolado para a Semcaspi ainda ontem (02).
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