O Tribunal de Justiça do Piauí tornou réus por lavagem de dinheiro o empresário teresinense Josimar Barbosa de Sousa e Alandilson Cardoso Passos, namorado da vereadora Tatiana Medeiros. Os dois foram presos em uma operação contra o tráfico de drogas deflagrada em novembro pelo Denarc (Departamento de Repressão ao Narcotráfico) apontados como sendo integrantes de uma organização que atuava junto à facção Bonde dos 40 em Teresina.

Josimar e Alandilson foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de atos relacionados à promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa voltada ao tráfico de drogas. Contra eles também pesa acusações de lavagem de dinheiro oriundo de atividade ilícita. Segundo o MPPI, “a narrativa dos fatos aponta a atuação de cada um dos denunciados de forma estruturada e em unidade de propósito, detalhando condutas individuais, tais como movimentações financeiras incompatíveis, utilização de empresas de fachada, negociações de veículos e ocultação de bens e valores”.
As investigações conduzidas pelo Denarc apontaram que a empresa da família de Josimar teria movimento cerca de R$ 600 milhões provenientes do tráfico de entorpecentes em Teresina. A loja do setor automotivo que ele possuía teria um relacionamento financeiro com a facção Bonde dos 40, segundo o que apontou o coordenador do Denarc, delegado Samuel Silveira.

A empresa de Josimar foi interditada pela justiça a pedido da polícia junto com mais nove CNPJs. Já Alandilson foi apontado como sendo um dos braços financeiros da organização, mantendo intenso contato e relação financeira com os integrantes de uma facção que atua em Teresina.
Junto ao oferecimento da denúncia, o Ministério Público anexou relatórios técnicos de extração de dados telefônicos e fiscais, relatórios de Inteligência Financeira emitidos pelo COAF, registros de movimentações bancárias incompatíveis com a renda declarada além de provas documentais relacionadas a empresas envolvidas em transações suspeitas de lavagem de dinheiro e dos relatórios de operações policiais.
A denúncia foi aceita pelo juiz João Manoel de Moura Ayres, da Vara de Delitos de Organização Criminosa. O magistrado concedeu dez dias para que as defesas dos acusados se manifestem.
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