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Membros de igreja adventista denunciam informações falsas sobre associação a criminosos em Timon

Diante do risco de vida aos jovens com a realização do projeto em meio as denúncias inverídicas, o grupo resolveu por procurar as autoridades policiais.

29/07/2024 às 15h33

29/07/2024 às 15h46

Imagens divulgadas nas redes sociais e com o cunho depreciativo estão preocupando membros de um grupo de jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Timon, cidade maranhense vizinha a Teresina. Em relatos ao O Dia, o grupo afirma que populares estão associando o trabalho promovido por eles a realização de roubos, assaltos e até mesmo a associação criminosa disfarçada. A polícia vai investigar o caso.

Ao todo, 32 jovens que fazem o trabalho de divulgação de um livro sobre cuidados com a saúde, ação essa promovida pelo Instituto Vida, ligado à Igreja Adventista do Maranhão. Entretanto, registros realizados por populares, segundo eles, estão prejudicando o trabalho do grupo evangélico, que, segundo eles, apontam os jovens como criminosos.

Membros da igreja adventista denunciam informações falsas sobre associação a criminosos em Timon - (Reprodução/Redes Sociais) Reprodução/Redes Sociais
Membros da igreja adventista denunciam informações falsas sobre associação a criminosos em Timon

O coordenador do projeto, Rallysson Paiva, disse ao O Dia que os jovens da Igreja Adventista afirmam que estão recebendo ameaças de morte pelas informações falsas divulgadas nas redes sociais.

Nosso grupo desenvolve um trabalho na cidade e, nesse trabalho, alguém tirou uma foto e começou a divulgar nos grupos da cidade acusando eles de criminosos, na qual eles estão se passando por estudantes evangélicos e o intuito final divulgado pela população é que eles querem entrar para roubar e cometer crimes. Isso não é verdade

Rallysson PaivaCoordenador do projeto

Ele destacou ainda que a maioria dos jovens são de origem humilde e que participam do projeto para que possam conseguir uma bolsa de estudos nas faculdades adventistas.

“Isso tem prejudicado muito o trabalho deles. São jovens que vieram de famílias simples e carentes e que tem o sonho de ingressar em uma das faculdades adventistas através de um programa que tenta promover mais qualidade de vida e saúde para as famílias, em parceria com o Instituto Vida”, frisa.

Igreja Adventista do Sétimo Dia em Timon - (Arquivo Pessoal / O DIA) Arquivo Pessoal / O DIA
Igreja Adventista do Sétimo Dia em Timon

Werick Sousa, estudante e integrante do grupo, disse se sentir triste com as informações falsas e que isso está prejudicando seu sonho de cursar Enfermagem através do projeto social.

“Me mostraram minha foto, cheguei em casa, e minha amiga me disse que a foto estava rolando nas redes sociais. Eu me sinto prejudicado, porque eu saí da minha cidade não para fazer o mal e sim para levar saúde e qualidade de vida para as pessoas. Eu tenho o sonho de fazer Enfermagem e depois passar para neurocirurgia e também Medicina”, disse o estudante.

Werick Sousa, estudante e integrante do grupo - (Arquivo Pessoal / O DIA) Arquivo Pessoal / O DIA
Werick Sousa, estudante e integrante do grupo

Diante do risco de vida aos jovens com a realização do projeto em meio as denúncias inverídicas, o grupo resolveu por procurar as autoridades policiais, por meio da Polícia Militar do Maranhão em Timon (11º BPM). O trabalho foi iniciado pelo grupo de jovens adventistas no mês de julho e segue até o dia 14 de agosto na cidade de Timon. A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) vai investigar o caso.

Divulgação de "fake news"

A difusão de informações falsas, ou "fake news", pode ser enquadrada em diversos crimes no Brasil, dependendo do contexto e das consequências das informações disseminadas. Um dos principais enquadramentos é a calúnia, difamação ou injúria, conforme previsto no Código Penal Brasileiro. A pena para calúnia é de seis meses a dois anos de detenção e multa; para difamação, é de três meses a um ano de detenção e multa; e para injúria, a pena é de um a seis meses de detenção ou multa.

Além disso, com a Lei nº 13.834/2019, que tipifica a divulgação de notícias falsas para fins eleitorais, quem propagar informações inverídicas com o objetivo de influenciar o processo eleitoral pode ser punido com dois a oito anos de reclusão e multa.


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Com informações de Raimundo Lima, da O Dia TV.