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O envelhecimento da população brasileira tem transformado as academias. Se antes esses espaços eram, comumente, frequentados por pessoas mais jovens, agora, são os “mais maduros” que dominam. Um levantamento recente mostrou que o número de alunos com mais de 65 anos cresceu mais de 57% em apenas um ano. Mas, além da estética, os idosos estão buscando, nos exercícios físicos e, especialmente na musculação, saúde, autonomia e qualidade de vida.
É o caso da aposentada Célia Maria Batista da Silva, de 67 anos. Ela sempre foi estimulada a se exercitar, mas afirma que, com a chegada da terceira idade, percebeu a real necessidade da prática. “Com o tempo, vamos perdendo massa muscular, e precisamos repor isso com a musculação”, conta. Para ela, os benefícios são muitos: melhor sono, alimentação equilibrada, saúde mental e bem-estar emocional.
Célia também destaca a importância da socialização promovida pelo ambiente da academia. “Moro sozinha, e acho ótimo vir para a academia. Além de fazer os exercícios, como musculação, aeróbico e o cardio, interajo com as pessoas. E essa sociabilização faz muito bem para o idoso”, afirma.
A mudança de mentalidade tem sido impulsionada também pela orientação médica, segundo a educadora física e personal trainer Aryel Castelo Branco. Ela explica que, cada vez mais, os profissionais de saúde recomendam a prática de atividade física regular para seus pacientes idosos.
A musculação, em especial, tem papel fundamental na manutenção da força muscular e da mobilidade, prevenindo quedas, melhorando a postura e ajudando na execução de tarefas simples do dia a dia, como levantar da cama, caminhar, subir escadas ou escovar os dentes sem ajuda.
Aryel confirma que a presença dos idosos nas academias é crescente e positiva, e isso graças à orientação médica.
Os idosos não estão buscando apenas estética, eles querem autonomia, saúde e uma vida mais ativa e independente
A personal destaca também que, antes de prescrever qualquer exercício, é fundamental conhecer o estado de saúde do idoso: se ele tem problemas cardíacos, lesões, dores articulares ou outras condições clínicas. A partir disso, o profissional pode montar um plano de treino personalizado, que ajude tanto a tratar quanto a prevenir complicações.
“É preciso que esse idoso seja acompanhado por um educador físico para que ele consiga, melhorando seu quadro clínico, tenha mais independência, saúde e qualidade de vida”, explica.
A profissional enaltece ainda a dedicação e disciplina desse público. “Os idosos são os grupos de alunos mais assíduos e com mais constância nas academias. Eles levam realmente a sério a atividade física e, com pouco tempo, ao perceberem os benefícios dos exercícios, não querem mais parar”, conclui Aryel Castelo Branco.
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