Duas crianças, uma de quatro e uma de seis anos, deram entrada no Hospital de Urgências de Teresina (HUT) neste domingo (06) com sinais de envenenamento. A informação foi confirmada pela Fundação Municipal de Saúde (FMS). Segundo a nota encaminhada pelo órgão, as meninas teriam apresentados sintomas de intoxicação após ingerirem carambolas colhidas do chão de um terreno abandonado nas proximidades de sua residência. As duas moram próximas: uma no Residencial Dilma Rousseff e outra no Residencial Dandara dos Cocais.
Segundo o relato de familiares e vizinhos, o local onde as frutas caíram estaria contaminado por veneno que supostamente teria sido aplicado pelos proprietários do terreno. Eles não residem na área. Ao apresentarem sintomas de sonolência após ingerirem as frutas, as crianças foram socorridas pelo SAMU e levadas para o Hospital Mariano Castelo Branco, onde receberam os primeiros socorros. De lá, foram encaminhadas para o HUT onde permanecem internadas.
Segundo o hospital, elas se encontram sob acompanhamento pediátrico e neurológico e apresentam quadro clínico estável. Por força da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a FMS não divulgou os nomes das crianças.
Envenenamentos em Parnaíba
O caso das duas crianças que deram entrada no HUT com sinais de envenenamento lembra o ocorrido com os pequenos João Miguel e Ulisses, que também precisaram de atendimento médico por sintomas de envenenamento em Parnaíba, quase um ano atrás. Em agosto de 2024, eles foram transferidos para o HUT vindos do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) após agravamento de seus quadros clínicos.
Os dois teriam ingerido cajus doados por uma vizinha. De início, a polícia apontou que as frutas estariam envenenadas, mas meses depois, após a ocorrência de novos envenenamentos na família dos meninos mesmo com a prisão da então suspeita, descobriu-se que, na verdade, os cajus não continham veneno e que o terbufós ingerido por elas teria sido colocado na comida servida em casa. O padrasto da mãe das crianças e a avó delas estão presos. A então suspeita, vizinha dos meninos, foi inocentada pela justiça.
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O envenenamento em Parnaíba é considerado o maior caso de envenenamento familiar já registrado no Brasil. Ao todo, oito pessoas da mesma família, entre primos e irmãos, morreram após ingerir terbufós, um inseticida que, segundo especialistas, é mais letal que o chumbinho.
Confira a nota da FMS na íntegra:
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informa que, no dia 6 de julho, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para atender duas crianças, de 4 e 6 anos de idade, na zona norte de Teresina. Elas apresentavam sinais de sonolência após ingerirem carambolas encontradas no chão de um terreno abandonado nas proximidades de sua residência.
Segundo relatos de familiares e vizinhos, o local estaria contaminado por veneno supostamente aplicado pelos proprietários do terreno, que não residem na área.
As pacientes foram inicialmente encaminhadas ao Hospital Mariano Castelo Branco, onde receberam os primeiros cuidados, e, posteriormente, transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde permanecem internadas. Ambas estão sob acompanhamento pediátrico e neurológico, apresentam quadro clínico estável.
A FMS reforça que segue as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), motivo pelo qual informações clínicas detalhadas são fornecidas exclusivamente a familiares e/ou responsáveis legais, mediante comparecimento à unidade de saúde.
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