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Projeto com uso de energia solar promete purificar água de cisternas no semiárido piauiense

Tecnologia utiliza radiação solar para eliminar microrganismos sem produtos químicos e pode ser replicada em comunidades rurais de todo o Nordeste; iniciativa é desenvolvida por alunos da Uespi.

07/12/2025 às 10h54

Um projeto desenvolvido por alunos de pós-graduação em Química da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) tem como objetivo desinfetar a água armazenada em cisternas na zona rural do semiárido brasileiro por meio de um sistema fotocatalítico que utiliza a radiação solar direta para promover a purificação da água. A iniciativa conta com investimento de R$ 25 mil, através do edital Uespi Tech II.

O projeto será implantado na região do semiárido para a purificação da água em cisternas.  - (Arquivo/ Wilson Dias/ Agência Brasil) Arquivo/ Wilson Dias/ Agência Brasil
O projeto será implantado na região do semiárido para a purificação da água em cisternas.

O professor Geraldo Eduardo, coordenador do projeto e docente do curso de Química da instituição, explicou que a proposta é voltada para a desinfecção da água captada das chuvas e armazenada em reservatórios, garantindo maior qualidade para o consumo humano e animal.

“Muitas dessas comunidades consomem água de barreiros ou de caminhões-pipa, frequentemente contaminada por bactérias, fungos e vírus. A ideia é criar um método que não dependa de produtos químicos, como o hipoclorito de sódio, atualmente utilizado”, destaca o pesquisador.

O grupo optou por esse mecanismo após constatar que o hipoclorito de sódio (princípio ativo da água sanitária) não elimina completamente os microrganismos e ainda pode causar intoxicações. Já o sistema desenvolvido pelos estudantes reduz essas contaminações de forma mais segura, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais.

O projeto envolve alunos da pós-graduação e da graduação, que participam do desenvolvimento dos materiais fotocatalíticos, montagem dos protótipos, testes de eficiência microbiológica e visitas técnicas às localidades beneficiadas.

A pesquisa pretende que a tecnologia sirva de modelo para outras regiões do semiárido brasileiro. O sistema ainda está em fase de desenvolvimento e, após finalizado, passará por adaptações conforme as realidades das comunidades onde for implantado.


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