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PCC construiu central para adulterar e distribuir combustível no Piauí

A estrutura, localizada na estrada do município de Altos, ainda estava em obra e, após a operação, foi interditada.

05/11/2025 às 13h21

Investigações realizadas pela Polícia Civil, que resultaram na Operação Carbono Oculto 86, deflagrada nesta quarta-feira (05), apontam que empresários e membros do PCC construíram uma central para adulterar e distribuir combustíveis para os quase 50 postos que integram o grupo.

PCC construiu central para adulterar e distribuir combustível no Piauí - (Divulgação/SSP-PI) Divulgação/SSP-PI
PCC construiu central para adulterar e distribuir combustível no Piauí

A estrutura, localizada na estrada do município de Altos, ainda estava em obra e, após a operação, foi interditada. Segundo José William Luz, promotor de Justiça que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado (MPPI) “eles iriam inovar com esse posto de distribuição. Esse imóvel encontra-se interditado, e agora vamos investigar se eles iriam utilizar essa obra como ponto de adulteração de combustível”, destaca.

PCC construiu central para adulterar e distribuir combustível no Piauí - (Divulgação/SSP-PI) Divulgação/SSP-PI
PCC construiu central para adulterar e distribuir combustível no Piauí

O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, explicou como funcionaria a central. “Eles compravam um combustível de qualidade, mas precisavam de um local para fazer a adulteração, então eles estavam construindo essa estrutura de distribuição, justamente para que houvesse o fornecimento de combustível adulterado para 49 postos e fosse operacionalmente possível”, disse.

Ainda segundo o secretário, o grupo tinha uma lista com fórmulas e proporções utilizadas para adulterar o combustível, misturando gasolina, nafta e álcool, bem como o custo dessa operação.

Fórmulas utilizadas para adulteração de combustível - (Divulgação/SSP-PI) Divulgação/SSP-PI
Fórmulas utilizadas para adulteração de combustível

Entenda a operação que resultou na interdição de 49 postos

A investigação revelou interconexão direta entre empresários locais e os mesmos fundos e operadores financeiros investigados pela Operação Carbono Oculto, que integrou Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo e PM paulista para desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro de organizações criminosas.

Segundo as investigações, o grupo utilizava uma complexa estrutura de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar capitais ilícitos, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio.

Ao todo, 49 postos de combustíveis foram interditados, sendo 31 deles localizados nos seguintes municípios piauienses: Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira, no Piauí; Peritoró, Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras, no Maranhão; e São Miguel do Tocantins, no Estado do Tocantins. A ação faz parte das medidas cautelares determinadas pela Justiça.


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