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Mais de 570 piauienses aguardam por transplante de órgãos; maioria espera por córneas

Somente em 2025, já foram realizados 254 transplantes de córnea no estado, número que pode crescer até o fim do ano; Ministério da Saúde reforça importância da doação.

27/10/2025 às 15h21

27/10/2025 às 15h21

O Piauí tem atualmente 574 pessoas na fila de espera por transplantes de órgãos, segundo dados do Ministério da Saúde (MS). A maior parte dos pacientes é composta por homens entre 50 e 64 anos, enquanto entre as mulheres a faixa etária é a mesma. No Brasil, a fila nacional chega a 47.612 pessoas aguardando um órgão compatível.

A maioria dos piauienses aguardam por um transplante de córnea.  - (Reprodução/Drauzio Varella) Reprodução/Drauzio Varella
A maioria dos piauienses aguardam por um transplante de córnea.

No estado, o transplante de córnea é o mais procurado: 415 piauienses aguardam o procedimento, sendo a maioria mulheres com mais de 65 anos. Entre os homens, o maior número de pacientes também está nessa faixa etária.

A córnea é uma estrutura essencial para a visão, uma camada transparente e resistente localizada na parte frontal do olho, responsável por proteger a íris e a pupila e por focar a luz que entra, enviando-a à retina. Quando ocorre opacidade, infecção ou dano, o transplante se torna a única alternativa para restaurar a visão.

De janeiro a outubro de 2025, o Piauí já realizou 254 transplantes de córnea, número um pouco menor que o registrado em 2024, quando foram contabilizados 265 procedimentos. Contudo, com dois meses restantes para o encerramento do ano, a expectativa é de que o número de cirurgias aumente.

No Brasil, a maioria dos pacientes em fila de espera aguarda por um rim, totalizando 44.175 pessoas. O fígado é o segundo órgão mais demandado, com 2.318 pacientes aguardando o transplante. O país mantém uma lista única e nacional de espera, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), garantindo transparência e equidade no processo de distribuição dos órgãos.

A legislação brasileira determina que a doação de órgãos e tecidos só pode ocorrer com autorização familiar. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância da conversa aberta entre familiares e amigos sobre o desejo de ser doador. “É preciso conscientizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos e tecidos e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto, deixando clara sua intenção de doar”, orienta a pasta.

Para manifestar oficialmente a vontade de ser doador, é possível utilizar o Sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO), disponível no site www.aedo.org.br. No entanto, o registro digital não substitui a autorização familiar, que continua sendo a etapa decisiva para a efetivação da doação.


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