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Descoberta inédita: fósseis de pterossauros do período cretáceo são encontradas no Piauí

Achado em Simões amplia o mapa de ocorrência desses répteis voadores no Brasil e reforça o protagonismo científico do Nordeste.

29/09/2025 às 18h20

29/09/2025 às 18h20

O município de Simões, a 441 km de Teresina, entrou para a história da paleontologia brasileira. Pesquisadores confirmaram, pela primeira vez, a presença de fósseis de pterossauros, répteis voadores que viveram no Período Cretáceo, há cerca de 100 milhões de anos, na Formação Romualdo, no Piauí.

Fóssil do pterossauros encontrado em Simões no Piauí. - (Foto: URCA) Foto: URCA
Fóssil do pterossauros encontrado em Simões no Piauí.

A descoberta, publicada na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências, representa um marco para a ciência, pois amplia a distribuição geográfica conhecida desses animais no Brasil e ressalta a importância do Nordeste como centro de pesquisa em paleontologia.

Os fósseis, identificados como duas falanges de asas de indivíduos distintos, foram coletados por pesquisadores do Laboratório de Paleontologia de Picos (LPP/UFPI), sob coordenação do professor doutor Paulo Victor de Oliveira. A preparação do material ocorreu no Laboratório de Paleontologia da URCA (LPU), no Cariri cearense, com supervisão do professor doutor Renan Bantim.

As análises mostraram que um dos pterossauros era jovem e o outro adulto. O estudo envolveu especialistas da URCA, UFPI, UFPE e do Museu Nacional/UFRJ, entre eles a doutora Juliana Manso Sayão, o doutorando Esaú Araújo e a doutora Flaviana Lima (UFPE).

Arqueólogos ao encontrar os fósseis do período cretácio.   - (URCA) URCA
Arqueólogos ao encontrar os fósseis do período cretácio.

Para o professor doutor Renan Bantim, vice-coordenador do LPU/URCA, o achado reforça o potencial científico de regiões ainda pouco exploradas:

“Esse registro não só expande a ocorrência de fósseis de pterossauros para o Piauí, mas também ressalta a importância do Cariri como polo de referência em paleontologia e a necessidade de investir em áreas subexploradas, que guardam muitos segredos sobre a vida pré-histórica no Gondwana”, afirma.

Já o professor doutor Paulo Victor de Oliveira destacou que a descoberta coroa mais de uma década de trabalho contínuo conduzidas com apoio da UFPI Campus Picos e da gestão municipal.

O estudo contou ainda com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Paleovertebrados (INCT Paleovert), fortalecendo a colaboração entre universidades


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