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Criminoso que se passava por delegado da PF para aplicar golpes é alvo de operação no PI

Suspeito investigado fazia parte de um grupo criminoso responsável por aplicar golpes utilizando perfis falsos, em nome de policiais federais, para exigir transferências de valores das vítimas.

04/09/2025 às 08h27

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (4) a Operação Aldrabão, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por aplicar golpes utilizando perfis falsos em aplicativo de mensagens, em nome de policiais federais, para exigir transferências de valores das vítimas.

As investigações tiveram início a partir de denúncia, quando foi identificado um perfil falso que utilizava a foto de um delegado de Polícia Federal e o nome da instituição como forma de conferir credibilidade às fraudes.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Eduardo Monteiro, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra os endereços do investigado. "A investigação revelou que ele se utilizava de uma fotografia de um delegado da Polícia Federal do Piauí para executar estelionatos, chantageando as pessoas, de incriminá-las por pedofilia", comentou.

Delegado da Polícia Federal, Eduardo Monteiro - (Joelma Abreu/ODIA) Joelma Abreu/ODIA
Delegado da Polícia Federal, Eduardo Monteiro

O golpe e era aplicado em diversos estados do país e, até o momento, três vítimas já foram identificadas, sendo de Minas Gerais e do Piauí. O delegado ressaltou que as vítimas não tinham qualquer ligação com o crime de pedofilia e que buscaram a polícia após a abordagem suspeita.

"O investigado pedia, em média, R$ 5 mil à vítima. Identificamos duas vítimas que fizeram o pagamento, mas certamente há mais. Recebemos a notificação do caso há cerca de duas semanas, então ainda vamos aprofundar para saber a extensão dos dados", ressalta.

Criminoso se passava por delegado da Polícia Federal do Piauí para aplicar golpes - (Divulgação/PF) Divulgação/PF
Criminoso se passava por delegado da Polícia Federal do Piauí para aplicar golpes

Apurou-se que o suspeito possui extenso histórico criminal por fraudes, tráfico de drogas, porte ilegal de armas e organização criminosa. O investigado, mesmo cumprindo prisão domiciliar, continuava a delinquir, valendo-se de estabelecimentos comerciais de fachada para ocultar atividades ilícitas e manter contato com vítimas

"As contas que eram depositadas o dinheiro das vítimas eram de pessoas desconexas a ele e isso será aprofundado. A esposa dele também tinha uma empresa que eles utilizavam o endereço, então vamos certificar o grau de participação dela", disse o delegado Eduardo Monteiro.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Novo Hamburgo/RS, em endereços ligados ao principal suspeito, expedidos pela Justiça Federal do Piauí, após parecer favorável do Ministério Público Federal. A ação de hoje buscou coletar mais provas, interromper a atuação criminosa, identificar bens adquiridos de forma irregular e evitar a destruição de evidências.


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