O Piauí contabilizou 6.971 contratos negociados em apenas 15 dias - entre 21 de março e 3 de abril - no novo consignado do Crédito do Trabalhador, disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital e lançado pelo Governo Federal. No estado, 6.943 trabalhadores contrataram o novo consignado, que oferece taxas de juros mais baixas. O total emprestado ultrapassa R$41,2 milhões, com valor médio por empréstimo de R$ 5.922,75 e parcelas e prazo de pagamento médios de R$ 315,47 e 19 meses.
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No Brasil, desde 21 de março, R$ 3,3 bilhões já foram concedidos em empréstimos consignados aos trabalhadores com carteira assinada nas 27 unidades da Federação. No total, 532.743 contratos foram firmados, com um valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador. As parcelas médias ficaram em R$ 350,46, com prazo médio de 18 meses. Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada.
Para o ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), o novo consignado inaugura um novo horizonte e uma nova cultura em torno dos empréstimos bancários. “O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e a cada dia tem se consolidado com sucesso, com novos bancos entrando, oferecendo taxas mais baixas e reduzindo dívidas dos trabalhadores”, comemora Luiz Marinho. A pasta alerta que os trabalhadores precisam ter calma e esperar pelas 24 horas para receber todas as propostas e, com isso, optar pela mais vantajosa.
A região Sudeste é a que mais negociou contratos por meio do Crédito do Trabalhador até agora, com 234.863 empréstimos fechados por 234.130 trabalhadores, num volume de crédito de R$ 1,44 bilhão. Em seguida aparecem Nordeste (111.081 empréstimos), Sul (88.174 empréstimos), Centro-Oeste (49.303) e Norte (49.170) Confira o detalhamento no infográfico abaixo. São Paulo e Rio de Janeiro lideram a adesão ao novo consignado do Crédito do Trabalhador, disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital. São Paulo concentra a maior parte das liberações, com 131.306 trabalhadores beneficiados e um total de R$ 848,7 milhões concedidos. O valor médio dos empréstimos no estado é de R$ 6.446,90. No Rio de Janeiro, 51.124 trabalhadores contrataram o consignado.

Como funciona o Crédito do Trabalhador?
O novo modelo de crédito consignado será operado de forma digital, por meio da Carteira de Trabalho Digital, o que facilitará a comparação de taxas de diferentes bancos e possibilitará que os trabalhadores escolham a melhor oferta para suas necessidades. A operação será realizada em etapas, com algumas limitações no início:
- Disponibilidade Inicial: A partir de 21 de março de 2025, o "Crédito do Trabalhador" estará disponível apenas para novos contratos.
- Migração de Contratos Ativos: Os trabalhadores que já possuem crédito consignado ativo poderão migrar para o novo modelo a partir de 25 de abril de 2025, mas exclusivamente dentro da mesma instituição financeira.
- Portabilidade: A possibilidade de transferir o crédito para outra instituição financeira.
Quais são as vantagens e desvantagens?
O principal benefício do novo modelo de crédito é a redução nas taxas de juros. Atualmente, o crédito consignado no setor privado possui uma taxa média de 40,8% ao ano, enquanto o crédito pessoal convencional pode ultrapassar 100% de juros anuais. Com o novo modelo, as taxas devem se aproximar das praticadas no crédito consignado do setor público, que tem uma taxa média de 23,8% ao ano.
Uma das novidades dessa modalidade de crédito é que o trabalhador poderá utilizar parte do saldo do FGTS (até 10%) ou a multa rescisória em caso de demissão como garantia de pagamento do empréstimo. Isso dará uma maior segurança tanto para os trabalhadores quanto para as instituições financeiras.
Outro ponto é a segurança proporcionada pelo sistema de desconto direto na folha de pagamento, o que diminui o risco de inadimplência e permite que os bancos ofereçam taxas mais acessíveis. Os trabalhadores terão um limite de até 35% do salário para o desconto das parcelas.

O Crédito do Trabalhador pode ter desvantagens como comprometer a renda, aumentar o endividamento e dificultar o pagamento em caso de desemprego. O empréstimo pode comprometer até 35% da renda líquida, dificultando o pagamento de despesas imprevistas; o crédito pode gerar endividamento se contratado sem planejamento adequado e dificuldade de pagamento em caso de desemprego.
Em caso de perda do emprego, o tomador do crédito pode ter dificuldades em continuar o pagamento; o uso do FGTS como garantia levanta preocupações sobre o impacto no endividamento e na segurança financeira dos trabalhadores.
Quanto tempo para receber as ofertas?
A partir da autorização de uso dos dados, o trabalhador recebe as ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal eletrônico do banco.
Quem tem direito?
O crédito está disponível para o trabalhador com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, além de MEIs.
Em caso de demissão, como ficam as parcelas devidas?
No caso de desligamento, o desconto será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal.
O que pode ser dado como garantia de pagamento do empréstimo?
O trabalhador pode usar até 10% do saldo no FGTS para garantias e ainda 100% da multa rescisória em caso de demissão.
O processo é só pela carteira digital ou posso ir aos bancos?
Inicialmente, somente na CTPS Digital. A partir de 25 de abril, o trabalhador poderá também iniciar contratações pelos canais eletrônicos dos bancos. Pela CTPS Digital, o trabalhador tem a possibilidade de receber propostas de todos os bancos interessados, o que permite comparação e a escolha mais vantajosa.
As operações serão só por bancos habilitados?
Sim. A estimativa é que mais de 80 instituições financeiras estejam habilitadas. O início da habilitação se dará a partir da publicação da Medida Provisória.
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