A coordenadora da Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Drogas e Fomento ao Lazer (Cendfol), Simone Pereira, informou em entrevista ao Sistema O Dia que o órgão tem intensificado o trabalho de prevenção dentro das comunidades terapêuticas, com testagens para doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e sífilis, além de ações voltadas para que os acolhidos possam retirar documentos pessoais e ter acesso a serviços públicos.
Segundo a coordenadora, a atuação do Cendfol é estruturada em três eixos: prevenção, acolhimento e reinserção. Ela destacou a importância do acompanhamento para além das comunidades terapêuticas, já que há casos em que crianças participam de todas as atividades da coordenadoria, mas convivem em casa com familiares envolvidos com facções ou que fazem uso abusivo de drogas e álcool.
“Aquilo que foi feito dentro do programa ele não vai ter um resultado eficiente. Existe a necessidade da gente trabalhar o indivíduo, mas sem esquecer de conhecer a questão das problemáticas familiares”, disse.
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Simone Pereira afirmou que havia dificuldade de o órgão estar presente nos 224 municípios do estado devido à dimensão territorial, mas que uma parceria com a Secretaria de Saúde e o uso do Programa de Saúde Digital permitiram ampliar o alcance do atendimento, garantindo acesso a consultas, exames e testagens contra ISTs.
“A gente incluiu a testagem porque a gente precisava saber se dentro dos acolhidos existia alguma pessoa que estava com sífilis, que estava com HIV, com tuberculose, hanseníase e hoje, todas as pessoas que entram num processo de acolhimento, elas passam pela testagem”, disse.
De acordo com a coordenadora, além da testagem, o Cendfol realiza ações de imunização nas casas terapêuticas e trabalha para garantir que os assistidos possuam documentos como o Cartão do SUS, o que viabiliza o acesso a serviços públicos e à reinserção educacional.
“O letramento é muito baixo entre as pessoas que estavam em processo de acolhimento. Fizemos um termo de cooperação técnica com a Secretaria da Educação e hoje nós temos o EJA dentro das comunidades terapêuticas e o ensino técnico e tecnológico”, afirmou.
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