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Ceará registra foco de gripe aviária e Piauí faz reunião para discutir prevenção à doença

Representantes de agências e de secretarias ligadas à defesa animal e à saúde se reúnem nesta segunda (21) para debater formas de prevenção ao surgimento de casos de gripe H5N1 no Piauí.

21/07/2025 às 09h02

21/07/2025 às 09h02

O Ceará registrou o primeiro caso de gripe aviária do tipo H5N1 em aves domésticas. O registro ocorreu numa criação de subsistência, em que as aves são produzidas para consumo próprio, em Quixeramobim, no sertão central do estado. A confirmação do primeiro foco no Ceará levou as autoridades do Piauí a realizarem uma reunião de emergência nesta segunda-feira (21) para debater formas de evitar que surjam focos da doença aqui no Estado.

Ceará registra primeiro foco de gripe aviária e Piauí faz reunião de emergência - (Reprodução/Governo Federal) Reprodução/Governo Federal
Ceará registra primeiro foco de gripe aviária e Piauí faz reunião de emergência

A reunião deve ser realizada por volta das 10h desta segunda. Por meio de nota, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) informou que a propriedade foi isolada e que as aves foram mortas na manhã desta sexta-feira (18). A criação passará pelo protocolo de saneamento previsto pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Embora o caso só tenha sido divulgado neste sábado (19), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA), em Campinas (SP), confirmou a ocorrência de H5N1 após analisar amostras encaminhadas no último dia 8. A Adagri também investiga as propriedades num raio de 10 quilômetros do foco para verificar o possível vínculo com outras criações.

A agência reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, porque a doença não é transmitida por meio do consumo. O órgão reitera que há nenhuma restrição quanto ao consumo.

Mesmo se ter registrado casos da doença, o Piauí já vem intensificando ações rigorosas de biossegurança para evitar a chegada da gripe aviária, em um momento de forte expansão da cadeia produtiva de ovos e frangos. Atualmente, está em vigor no Piauí decreto de estado de emergência zoossanitária, válido para todo o território piauiense. A medida tem como objetivo reforçar as ações de prevenção contra a Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP), popularmente conhecida como "gripe aviária". A doença é uma variante altamente infecciosa e foi detectada em uma granja comercial no Rio Grande do Sul recentemente. A doença representa um risco significativo para a avicultura e a saúde pública. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (26) e terá validade de 180 dias.

Conforme dados do IBGE, ano passado a produção de ovos no Estado atingiu 21,6 milhões de dúzias, um aumento de 21,8% em relação a 2023. Já o abate de frangos chegou a 6.258.252 unidades, representando um crescimento de 18,8%., no mesmo período analisado.

 

Esse avanço destaca a necessidade de proteger os plantéis e garantir a sanidade dos animais. Por isso, o governo do estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), órgão ligado à Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), vem intensificando ações de vigilância e orientação junto a produtores, granjas e frigoríficos.

Além do monitoramento constante nas áreas de risco, são realizadas campanhas educativas e firmadas parcerias com o setor privado, com o objetivo de assegurar a adesão rigorosa aos protocolos sanitários. A meta é manter o Piauí livre da gripe aviária e preservar o ritmo de crescimento da avicultura, que se consolida como um dos pilares da economia local.


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