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Casa de suspeito morto em troca de tiros tinha sistema para monitorar chegada da polícia

Ivan Michel da Conceição Oliveira, de 35 anos, ameaçou matar os policiais antes mesmo de eles entrarem na casa.

15/10/2025 às 13h25

Ivan Michel da Conceição Oliveira, 35 anos, ameaçou matar os policiais do DRACO que faziam diligência em sua residência em Água Branca durante uma operação. Antes mesmo que os agentes entrassem na casa, o suspeito havia gritado lá de dentro que não se entregaria. O imóvel tinha um sistema de monitoramento por câmeras que mostrava a chegada da polícia antes mesmo dos policiais se anunciarem.

Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil é possível ver que Ivan surpreende os agentes. Ele sai armado do quarto e dispara uma vez. O tiro quase atinge o agente Alfredo Alcântara e o delegado Charles Pessoa, que estava logo atrás. Alfredo se abaixou a tempo e revidou o disparo. E durante o confronto, Ivan teria continuado dizendo que mataria os agentes, mesmo sob as ordens para que ele se entregasse.

Casa de suspeito morto em troca de tiros tinha sistema para monitorar chegada da polícia - (Reprodução/Polícia Civil) Reprodução/Polícia Civil
Casa de suspeito morto em troca de tiros tinha sistema para monitorar chegada da polícia

Foi o que relatou o delegado Charles Pessoa. "Verbalizamos que iríamos entrar e o Alfredo foi na frente. Ela [Ivan] estava dentro do quarto e começou a atirar. Continuamos verbalizando e ele continuou atirando, apontando a arma e dizendo que ia matar um por um. Nós não saímos para matar este indivíduo. Nosso objetivo é combater a criminalidade", destacou Charles Pessoa, acrescentando que Ivan demonstrou ter observado pelas câmeras quando as viaturas chegaram e as equipes se aproximaram.

De acordo com o delegado Bruno Luiz, titular de Água Branca, Ivan tinha uma extensa ficha criminal, inclusive com histórico de ameaças a policiais e resistência a abordagens. Além disso, ele respondia também por tráfico de drogas, porte de armas, associação criminosa, receptação e roubos. Na região, Ivan agiria como uma espécie de gerente de uma facção.

Da direita esquerda para a direita: delegado Charles Pessoa, delegado-geral Luccy Keikko e delegado Bruno Luiz - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Da direita esquerda para a direita: delegado Charles Pessoa, delegado-geral Luccy Keikko e delegado Bruno Luiz

"Dentro destas organizações cada um tem uma função como transporte, armazenamento e venda de drogas. Sabíamos que ele estava só, mas é complexo esse combate ao crime, porque sempre que alguém é pego e sai, outro ocupa o lugar que ficou ou então eles voltam para a rua", explicou Bruno Luiz.

Já o agente Alfredo Alcântara, que está na carreira policial há 25 anos e hoje é policial penal federal, contou que, quando se viu na linha de tiro de Ivan, sua primeira reação foi se abaixar porque sabia que ele iria atirar a qualquer momento. A situação, ele conta, se desenrolou muito rápido. "A gente treina todo dia porque sabemos que por mais simples que pareçam, estas ocorrências sempre podem evoluir como aconteceu hoje. Nosso instinto faz com que tomemos atitudes que acabam salvando nossas vidas depois", finaliza.

Alfredo Alcântara, agente da Polícia Civil que escapou de tiro em confronto - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Alfredo Alcântara, agente da Polícia Civil que escapou de tiro em confronto

A ação deflagrada pelo DRACO com apoio da delegacia de Água Branca cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão em endereços de uma facção criminosa que controla o tráfico na região. Foram apreendidos entorpecentes como maconha e cocaína, além de armas e materiais relacionados ao tráfico.


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