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Vaticano aprova novas normas que permitem homens gays se tornarem padres

O Vaticano aprovou novas diretrizes permitindo que homens gays ingressem no sacerdócio, desde que mantenham o celibato, com a medida válida inicialmente na Itália

11/01/2025 às 17h11

O Vaticano aprovou novas diretrizes que permitem a entrada de homens gays nos seminários, desde que cumpram a exigência de celibato, como é requerido para todos os sacerdotes. A decisão, publicada discretamente no site da Conferência dos Bispos Italianos na quinta-feira (9), é válida inicialmente para a Itália e será implementada de forma experimental por três anos.

Vaticano aprova novas normas que permitem homens gays se tornarem padres - (Tânia Rêgo / Agência Brasil) Tânia Rêgo / Agência Brasil
Vaticano aprova novas normas que permitem homens gays se tornarem padres

As novas diretrizes do Vaticano indicam que a orientação sexual dos candidatos ao sacerdócio será considerada, mas apenas como um aspecto da personalidade, e não o único critério. A exigência de celibato, comum a todos os sacerdotes, continua a ser um requisito. Com isso, homens gays que se comprometam com a castidade poderão ingressar nos seminários, desde que respeitem essa condição.

A decisão revoga a regra de 2016, que proibia a entrada de homens com “tendências homossexuais profundamente arraigadas” nos seminários. Agora, a orientação sexual será considerada parte do processo de formação, mas não o único critério na avaliação dos candidatos. “Ao referir-se às tendências homossexuais no processo de formação, também é oportuno não reduzir o discernimento apenas a este aspecto, mas compreender o seu significado dentro de todo o quadro da personalidade do jovem”, afirmam as novas diretrizes.

Embora o Papa Francisco tenha adotado uma postura mais acolhedora para a comunidade LGBTQIA+ desde sua ascensão ao papado em 2013, permitindo até que padres abençoem casais do mesmo sexo em situações específicas, o tema ainda permanece polêmico dentro da Igreja. Os líderes da Igreja, incluindo o Papa, enfatizam que a questão da homossexualidade não deve ser o único aspecto a ser considerado durante o processo de formação de um sacerdote.

A aplicação dessas novas diretrizes será monitorada ao longo dos próximos três anos, período em que a medida será analisada em um contexto experimental. A mudança de postura não altera o ensino tradicional, mas coloca a experiência de vida e a manutenção do celibato como os pontos cruciais para o discernimento de candidatos.


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