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Novo coronavírus encontrado em Hong Kong: o que se sabe até agora

A cepa, batizada de HKU5-CoV-2, pertence à mesma família de vírus que causou a pandemia de Covid-19, o merbecovírus, e possui a capacidade de se espalhar entre humanos, similar ao Sars-CoV-2.

23/02/2025 às 10h37

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Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, e do Laboratório de Guangzhou publicaram recentemente uma descoberta preocupante: um novo coronavírus encontrado em morcegos de Hong Kong. A cepa, batizada de HKU5-CoV-2, pertence à mesma família de vírus que causou a pandemia de Covid-19, o merbecovírus, e possui a capacidade de se espalhar entre humanos, similar ao Sars-CoV-2.

Novo coronavírus foi encontrado em morcegos Hong Kong - (Marcello Casal Jr / Agência Brasil) Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Novo coronavírus foi encontrado em morcegos Hong Kong

A pesquisa, que foi publicada na revista Nature, revelou que o novo vírus tem a habilidade de se ligar à enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2), uma proteína presente nas células humanas, facilitando a infecção. Embora os testes em laboratório mostrem que a nova cepa pode infectar células humanas, até o momento, não há registros de transmissão para humanos. Isso tem tranquilizado a comunidade científica, mas também gerado preocupações quanto ao seu potencial de disseminação.

Os cientistas destacam que o vírus foi identificado em amostras de morcegos, mas não em humanos. No entanto, a descoberta levanta questionamentos sobre o risco de o patógeno evoluir para uma ameaça global, como aconteceu com o Sars-CoV-2. A equipe liderada pela virologista Shi Zhengli, uma das principais especialistas em coronavírus de morcegos, ressaltou que a pesquisa precisa ser aprofundada para entender os riscos reais de transmissão e disseminação da nova cepa.

O que se sabe sobre o vírus

De acordo com os pesquisadores, o HKU5-CoV-2 tem semelhanças estruturais com outros coronavírus conhecidos, como o MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), que também é transmitido por animais, especialmente camelos. O MERS foi identificado em cerca de 2.600 pessoas desde 2012, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 36%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Próximos passos

Os cientistas alertam que é necessário monitorar a evolução do novo coronavírus com cautela. O estudo revelou que o vírus foi capaz de infectar tecidos pulmonares e intestinais cultivados em laboratório com células humanas. No entanto, ainda não se sabe se o vírus pode realmente se espalhar para os humanos, o que exige mais investigações.

Enquanto isso, o Instituto de Virologia de Wuhan, centro de pesquisas reconhecido pela sua expertise em coronavírus de morcegos, continua a ser um ponto central nas discussões sobre a origem dos vírus. A teoria de que o vírus da Covid-19 tenha vazado desse laboratório foi amplamente debatida, embora pesquisadores da instituição tenham negado a hipótese.


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Com informações da CNN Brasil

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