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Esta terça-feira (22) deve acabar um pouco mais rápido que os demais dias de 2025. É que hoje é considerado o dia mais curto do ano pela Astronomia. Isso acontece, porque o movimento de rotação da Terra – que mede as horas e os dias – acelera na metade do ano. E em 2025, há pelos menos três dias no calendário entre julho e agosto que vão passar mais rápido.
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Um deles é esta terça-feira (22). Hoje, a Terra deve girar -1,38 milissegundo mais rápido do que o comum em torno de si própria, o que torna o dia mais curto. Conforme explica o Observatório Nacional Brasileiro, a Terra leva, em média, 86.400 segundos para completar uma rotação, ou seja, 24 horas ou um dia. Mas com a aceleração de milissegundos prevista para hoje, esse movimento ficará mais rápido, o que torna a duração do dia menor.
Dá para sentir que o dia vai ser mais curto?
A resposta é não. Segundo o Observatório Nacional, 1,38 millisegundos não é nem a duração de um piscar de olhos. Significa dizer que “o tempo perdido” hoje dura menos que uma piscada, ou seja, é praticamente imperceptível para o ser humano. Mas esta também não é a primeira vez que a Terra tem uma aceleração da sua rotação e, conforme os especialistas, houve momentos em que essa sensação de “dia mais curto” foi mais perceptível.
Em 19 de julho de 2020, por exemplo a rotação da Terra acelerou 1,47 milissegundos. Já no dia 29 de junho de 2022, o movimento do planeta acelerou 1,59 milissegundos, o que tornou este dia o mais curto de quem se tem registro nos últimos anos.
O que faz a Terra ter tanta pressa?
Atividade no núcleo do planeta, movimento dos oceanos e da atmosfera. São estes alguns dos fatores que podem explicar a aceleração da rotação da Terra e a existência de dias mais curtos, mesmo que em milissegundos. Cientistas do Observatório Nacional afirmam que não há um consenso sobre os motivos que levam o planeta a “fazer o tempo passar mais rápido”, já que a tendência observada ao longo dos anos é justamente a contrária: a de desaceleração da rotação e aumento dos dias.
“Há bilhões de anos, um dia durava cerca de cinco horas e não as 24 horas que dura atualmente. Mas é uma desaceleração irregular e essas acelerações, elas são momentâneas”, explicou o diretor do Observatório Nacional, Fernando Roig.
Segundo ele, há formas de diminuir esse descompasso no tempo. É que quando essas acelerações de milissegundos se somam, são um intervalo de tempo considerável. Para isso, os cientistas usam o que chamam de “segundo bissexto”. Desde 1973 essa unidade de medida do tempo é empregada e se aplica da mesma forma que “o dia a mais” do ano bissexto (29 de fevereiro). Só que o “segundo bissexto” pode ser negativo ou positivo.
Significa dizer que o segundo a mais ou a menos que a Terra gira pode ser adicionado a relógio quando a Terra desacelera e os dias são “mais longos”.
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