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Corpo de Juliana Marins, turista brasileira, é resgatado de vulcão na Indonésia

De acordo com a equipe de resgate da Indonésia, o processo de remoção do corpo de Juliana começou às 6h (horário local) com a preparação de todos os equipamentos para a evacuação.

25/06/2025 às 11h04

25/06/2025 às 11h04

O corpo de Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) da cratera do vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, após cinco dias do acidente que resultou em sua queda. A confirmação foi feita por autoridades locais da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) após uma operação marcada por desafios logísticos e climáticos. Juliana realizava uma trilha com um grupo de turistas quando caiu em uma região de difícil acesso, cerca de 950 metros abaixo da trilha oficial.

Corpo de Juliana Marins, turista brasileira, é resgatado de vulcão na Indonésia - (resgatejulianamarins/Instagram) resgatejulianamarins/Instagram
Corpo de Juliana Marins, turista brasileira, é resgatado de vulcão na Indonésia

De acordo com a equipe de resgate da Indonésia, o processo de remoção do corpo de Juliana começou às 6h (horário local) com a preparação de todos os equipamentos para a evacuação. Às 13h51, toda a equipe de resgate e o corpo de Juliana estavam no topo do penhasco, no local de ancoragem, e às 15h50 alcançaram Pelawangan, um dos principais pontos de referência da trilha do Monte Rinjani. Em seguida, eles desceram em direção a Sembalun.

O corpo de Juliana chegou às 20h40 ao Resort Sembalun e então foi levado ao Hospital Bhayangkara Polda NTB. Serão feitos exames periciais antes que seja liberado o translado de volta ao Brasil.

A queda aconteceu na madrugada de sábado (21), no horário local, enquanto a brasileira caminhava na borda da cratera. As condições meteorológicas instáveis e o terreno acidentado dificultaram o acesso ao local. As equipes de resgate conseguiram visualizar o corpo com drones já na segunda-feira (23), mas só conseguiram alcançá-lo na terça-feira (24), quando foi constatado o óbito. O resgate definitivo ocorreu na manhã seguinte.

As operações de busca começaram com atraso, pois a comunicação com os serviços de emergência demorou a ser estabelecida. Apenas um dos integrantes do grupo conseguiu alcançar um posto de apoio, horas após o acidente, para acionar as autoridades. Desde então, equipes especializadas tentaram alcançar o ponto exato da queda, utilizando drones e realizando deslocamentos por trilhas íngremes e de risco elevado.

Brasileira caiu em cratera do Monte Rinjani durante trilha na Indonésia

Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), estava em viagem pela Ásia desde o início de 2024, compartilhando sua experiência por meio das redes sociais. Ela fazia parte de um grupo de turistas que contratou uma agência de viagens local para realizar a trilha no Monte Rinjani, um dos destinos mais visitados e também um dos mais desafiadores da Indonésia.

Segundo informações divulgadas pela família e amigos, Juliana foi localizada inicialmente a 400 metros de profundidade, mas análises posteriores indicaram que seu corpo estava a aproximadamente 950 metros abaixo da trilha original. O deslocamento dos socorristas, por terra, exigiu mais de um dia de descida até o ponto exato da queda.

A confirmação da morte de Juliana foi feita pela família em nota nas redes sociais na terça-feira (24). No comunicado, os familiares agradeceram o apoio recebido e destacaram o esforço das equipes envolvidas na operação. “Com imensa tristeza, informamos que Juliana não resistiu. Seguimos gratos por todas as orações e mensagens de apoio”, diz o texto.

Vulcão tem histórico de acidentes e óbitos

A trilha do vulcão onde a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira, 24, tem histórico de acidentes e outras mortes. A publicitária sofreu uma queda no sábado, 21, pelo horário local, ainda noite de sexta-feira, 20, no Brasil e ficou quase quatro dias à espera do resgate.

Registros de acidentes:

  • Junho de 2025: brasileira morre após cair e esperar mais de 4 dias por resgate;
  • Maio de 2025: visitante malaio morre após queda em trilha;
  • Julho de 2018: 700 visitantes ficaram isolados no parque após um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter;
  • Março de 2012: sete estudantes morreram durante uma tempestade no local.

Um dos principais destinos turísticos do Sudeste Asiático, o parque abrange o segundo pico mais alto da Indonésia. Apesar da beleza exuberante, o destino é desafiador e repleto de riscos.


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Com informações de Estadão Conteúdo