O corpo de Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) da cratera do vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, após cinco dias do acidente que resultou em sua queda. A confirmação foi feita por autoridades locais da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) após uma operação marcada por desafios logísticos e climáticos. Juliana realizava uma trilha com um grupo de turistas quando caiu em uma região de difícil acesso, cerca de 950 metros abaixo da trilha oficial.
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De acordo com a equipe de resgate da Indonésia, o processo de remoção do corpo de Juliana começou às 6h (horário local) com a preparação de todos os equipamentos para a evacuação. Às 13h51, toda a equipe de resgate e o corpo de Juliana estavam no topo do penhasco, no local de ancoragem, e às 15h50 alcançaram Pelawangan, um dos principais pontos de referência da trilha do Monte Rinjani. Em seguida, eles desceram em direção a Sembalun.
O corpo de Juliana chegou às 20h40 ao Resort Sembalun e então foi levado ao Hospital Bhayangkara Polda NTB. Serão feitos exames periciais antes que seja liberado o translado de volta ao Brasil.
A queda aconteceu na madrugada de sábado (21), no horário local, enquanto a brasileira caminhava na borda da cratera. As condições meteorológicas instáveis e o terreno acidentado dificultaram o acesso ao local. As equipes de resgate conseguiram visualizar o corpo com drones já na segunda-feira (23), mas só conseguiram alcançá-lo na terça-feira (24), quando foi constatado o óbito. O resgate definitivo ocorreu na manhã seguinte.
As operações de busca começaram com atraso, pois a comunicação com os serviços de emergência demorou a ser estabelecida. Apenas um dos integrantes do grupo conseguiu alcançar um posto de apoio, horas após o acidente, para acionar as autoridades. Desde então, equipes especializadas tentaram alcançar o ponto exato da queda, utilizando drones e realizando deslocamentos por trilhas íngremes e de risco elevado.
Brasileira caiu em cratera do Monte Rinjani durante trilha na Indonésia
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ), estava em viagem pela Ásia desde o início de 2024, compartilhando sua experiência por meio das redes sociais. Ela fazia parte de um grupo de turistas que contratou uma agência de viagens local para realizar a trilha no Monte Rinjani, um dos destinos mais visitados e também um dos mais desafiadores da Indonésia.
Segundo informações divulgadas pela família e amigos, Juliana foi localizada inicialmente a 400 metros de profundidade, mas análises posteriores indicaram que seu corpo estava a aproximadamente 950 metros abaixo da trilha original. O deslocamento dos socorristas, por terra, exigiu mais de um dia de descida até o ponto exato da queda.
A confirmação da morte de Juliana foi feita pela família em nota nas redes sociais na terça-feira (24). No comunicado, os familiares agradeceram o apoio recebido e destacaram o esforço das equipes envolvidas na operação. “Com imensa tristeza, informamos que Juliana não resistiu. Seguimos gratos por todas as orações e mensagens de apoio”, diz o texto.
Vulcão tem histórico de acidentes e óbitos
A trilha do vulcão onde a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira, 24, tem histórico de acidentes e outras mortes. A publicitária sofreu uma queda no sábado, 21, pelo horário local, ainda noite de sexta-feira, 20, no Brasil e ficou quase quatro dias à espera do resgate.
Registros de acidentes:
- Junho de 2025: brasileira morre após cair e esperar mais de 4 dias por resgate;
- Maio de 2025: visitante malaio morre após queda em trilha;
- Julho de 2018: 700 visitantes ficaram isolados no parque após um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter;
- Março de 2012: sete estudantes morreram durante uma tempestade no local.
Um dos principais destinos turísticos do Sudeste Asiático, o parque abrange o segundo pico mais alto da Indonésia. Apesar da beleza exuberante, o destino é desafiador e repleto de riscos.
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