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Bombardeios de Israel atingem alvos do Hezbollah no Líbano e matam 23 sírios

Os bombardeios ocorreram na madrugada desta quinta-feira (26), pelo horário de Brasília, e atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano.

26/09/2024 às 07h45

26/09/2024 às 07h45

Ataques aéreos realizados pelas Forças Armadas de Israel causaram a morte de pelo menos 23 sírios em um edifício na cidade libanesa de Younine, de acordo com a agência Reuters. Os bombardeios ocorreram na madrugada desta quinta-feira (26), pelo horário de Brasília, e atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano.

Bombardeios de Israel atingem alvos do Hezbollah no Líbano e mata 23 sírios - (Reprodução) Reprodução
Bombardeios de Israel atingem alvos do Hezbollah no Líbano e mata 23 sírios

O prefeito de Younine, Ali Qusas, informou à Reuters que a maioria das vítimas eram mulheres e crianças, que estavam em um edifício de três andares. Além disso, oito pessoas ficaram feridas no ataque. As Forças Armadas de Israel declararam que entre os alvos atingidos estavam instalações de armazenamento de armas e mísseis na região de Bekaa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que não respondeu à proposta de cessar-fogo apresentada por Estados Unidos e França.

Conflito Israel x Hezbollah

O conflito entre Israel e o Hezbollah, grupo político e militar xiita baseado no Líbano, remonta a décadas e é marcado por tensões contínuas, confrontos esporádicos e, em alguns momentos, intensos embates militares. O Hezbollah, fundado em 1982 durante a Guerra Civil Libanesa e com o apoio do Irã, surgiu como uma força de resistência contra a ocupação israelense no sul do Líbano.

Aqui estão os principais pontos sobre o conflito:

Contexto e Origens

  • Invasão israelense do Líbano (1982): Israel invadiu o Líbano com o objetivo de destruir as bases da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que operava no sul do país. O Hezbollah nasceu nesse contexto, com o apoio do Irã e da Síria, como um movimento de resistência à ocupação israelense.
  • Retirada israelense (2000): Após anos de combates e crescente desgaste, Israel retirou suas forças do sul do Líbano em 2000, marcando uma vitória simbólica para o Hezbollah, que consolidou sua posição como um importante ator político e militar no Líbano.

Guerra de 2006

  • Escalação em julho de 2006: O conflito de 2006 foi desencadeado quando o Hezbollah lançou um ataque surpresa contra uma patrulha israelense na fronteira, matando e sequestrando soldados. Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar em grande escala no Líbano, com bombardeios e operações terrestres.
  • Desfecho: O conflito durou 34 dias, resultando em centenas de mortes, principalmente de civis libaneses, além de significativa destruição no Líbano. Apesar da superioridade militar de Israel, o Hezbollah resistiu e manteve sua força, o que foi visto por muitos como uma vitória política para o grupo.

Período pós-2006

  • Aumento da capacidade militar do Hezbollah: Desde a guerra de 2006, o Hezbollah aumentou significativamente seu arsenal de mísseis e aprimorou suas táticas, com apoio contínuo do Irã. Estima-se que o grupo possua hoje dezenas de milhares de mísseis, muitos capazes de atingir alvos profundos em Israel.
  • Conflito na Síria (2011 em diante): A guerra civil síria foi um novo campo de batalha para o Hezbollah, que enviou combatentes para apoiar o regime de Bashar al-Assad, aliado de longa data do grupo. O envolvimento na Síria fortaleceu a experiência militar do Hezbollah, mas também expôs o grupo a novas tensões regionais.

Tensão Atual

  • Ciclos de violência esporádica: Desde 2006, Israel e o Hezbollah têm se envolvido em confrontos periódicos, mas ambos os lados evitam uma nova guerra em grande escala. Israel tem realizado ataques aéreos visando instalações do Hezbollah na Síria, enquanto o grupo ocasionalmente lança ataques de retaliação.
  • Situação atual: As tensões permanecem altas, com a possibilidade constante de novos embates. O Hezbollah continua sendo uma ameaça militar significativa para Israel, enquanto Israel realiza operações preventivas para impedir o crescimento da capacidade militar do grupo.

O conflito entre Israel e o Hezbollah é parte de um quadro mais amplo de rivalidades regionais, envolvendo também o Irã, Síria e outros países do Oriente Médio.


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