A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) criou uma comissão para abrir uma sindicância administrativa a fim de apurar denúncias de suposto assédio sexual praticado por um professor no Campus Prof. Barros Araújo, em Picos. A vítima seria uma aluna do primeiro período em um curso da instituição e as denúncias vieram à tona em outubro de 2024. Na época, o docente, de 60 anos foi afastado da universidade.
A estudante registrou Boletim de Ocorrência no qual relatou que o professor a perseguia e chegou a apontar um laser para os seios dela durante a aula. A jovem disse que o docente chegou a procurar um colega de turma dela, ir até o local de trabalho dele só para conseguir seu número. No mesmo dia, ele teria ligado para ela por pelo menos seis vezes até ser atendido, além de frequentemente perguntar por ela a colegas de sala e parecer incomodado quando ela não respondia às suas tentativas de interação.
Incomodada com o comportamento do docente, a jovem procurou a coordenação de seu curso e relatou o que vinha acontecendo. Em nota lançada à época, a Uespi disse que havia afastado o professor, enquanto apurava o suposto ocorrido em âmbito interno, ao passo que a Polícia Civil apurava a situação na esfera criminal.
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Em portaria publicada nesta segunda-feira (06), a pró-reitora adjunta de Administração da Uespi, Rosineide Candeia de Araújo, autorizou a abertura de sindicância com a formação de uma comissão composta por três pessoas: uma presidente e dois membros. O grupo terá prazo de 30 dias para apresentar o relatório conclusivo a partir do qual a administração superior da Uespi balizará sua tomada de decisão com relação ao futuro do docente na instituição.
Estudantes fizeram protesto pedindo afastamento do professor
Quando as denúncias contra o docente da Uespi por suposto assédio sexual vieram à tona, em outubro do ano passado, alunos da instituição organização um protesto no qual colaram cartazes pelo campus pedindo o afastamento do professor da instituição. A denúncia contra ele foi formalizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) à Polícia Civil. Dias depois, a Uespi anunciou o afastamento do docente de suas atividades.
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