Uma tentativa de homicídio foi registrada no último fim de semana no Povoado Caldeirão, em Assunção do Piauí, cidade que fica a 279km de Teresina. De acordo com informações da Polícia Militar do município, Gustavo Henrique Alves Pereira sofreu a tentativa de homicídio após ser empurrado de um penhasco no sábado (22) por um indivíduo identificado pelas iniciais A. G. A. B., que seria "amigo" da vítima. Gustavo só foi encontrado no dia seguinte (23) por volta das 8h pelo pai, primos e por alguns populares.

Segundo Djaci Alves Pereira, pai da vítima, o suspeito havia levado Gustavo para um mato no sábado por volta das 15h45 e lá empurrou ele rochedo abaixo. Além disso, desferiu pauladas, tentou sufocar a vítima e quebrou o celular. A vítima foi encaminhada para uma hospital de Teresina e, do leito onde está internado, narrou a sua versão do ocorrido.
“Uma pessoa que eu considerava quase como um irmão pra mim fazer isso comigo. Ele simplesmente tava em um momento de boa comigo. A gente marcava vários rolês, várias coisas. A amizade que a gente tinha era muito forte, mais de sete anos de amizade. Aí não sei porque ele me chamou para a gente ir pra perto da ponte e simplesmente me empurrou lá de cima, sem explicação”, detalhou Gustavo Henrique.
“No começo ele desceu lá pra baixo onde eu estava falando que foi sem querer. Mas depois ele foi mostrando um olhar diferente, falando que a vontade dele era tirar a minha vida, e começou me sufocando com um cordão do short dele, que não deu certo porque o cordão ‘torou’ o cordão. Logo em seguida, ele achou um pau e falou que se não fosse com o cordão ia ser na paulada mesmo. E me deu seis pauladas. Todas as pauladas que ele dava, ele ficava perguntando se eu já estava vivo. Eu cheguei a me entregar, eu falei que esse era o meu destino, e ia aceitar”, narrou a vítima.

Foi aí que o jovem afirma ter se fingido de morto para escapar com vida. "Até que na quinta paulada, eu percebi que não ia resolver. Na sexta paulada, eu fiquei quieto e me fingi de morto; foi a única situação que vi que sairia de lá. E pedi a Deus uma segunda oportunidade. Se fosse para eu morrer, eu ia morrer naquele lugar mesmo, ou se fosse para mim ter sido uma segunda chance, meu pai iria me encontrar no outro dia. Ele (suspeito) foi embora e me deixou naquele lugar sozinho. Eu dormi no mato, todo arranhado. E consegui me alimentar somente com uma planta, que tem lá; consegui sugar um pouco de água que tinha nela e me alimentar”, lembra.
À Polícia Militar, os parentes de Gustavo afirmaram que o suspeito há dias o convidava para ir até aquele local, pois tinha tomado conhecimento que no celular do Gustavo Henrique havia algo "que comprometeria a liberdade de A. G. A. B.". A família foi orientada a registrar boletim de ocorrência na Delegacia de São Miguel do Tapuio para que fossem tomadas as providências cabíveis. Após esse procedimento, as investigações serão tomadas para elucidar o caso.
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