Apesar de julho não integrar o período mais quente do ano no Piauí, o famoso B-R-O-Bró, que compreende os meses de setembro a dezembro, os termômetros já têm registrado altas temperaturas em várias regiões do Estado. Segundo alerta da Defesa Civil do Piauí, a tendência é de que o calor aumente ainda mais a partir de agosto, com possibilidade de ondas de calor e incremento de até 5°C nas temperaturas, o que pode trazer sérios prejuízos à saúde da população.
LEIA TAMBÉM
Diante disso, a médica clínica geral Nayane Piauilino destacou os principais cuidados com a saúde durante os meses mais quentes, especialmente com a hidratação, os cuidados com a pele e a atenção redobrada com grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças. A especialista destaca que a hidratação deve ser constante, e não apenas quando a pessoa sente sede. O ideal é fazer pequenas ingestões de líquidos ao longo do dia
Temos que estar sempre vigilante com a hidratação. A gente não precisa e não deve esperar ter sede para se manter hidratado. A sede já é um sinal de alarme, um sinal de alerta, já é o seu corpo ali implorando para você se hidratar. Água, sucos de frutas, água de coco e chás naturais são boas opções para garantir a hidratação adequada
Além da sede, outros sintomas também podem indicar que o corpo está desidratado, dentre eles a dor de cabeça, cansaço extremo, constipação intestinal, boca seca e fadiga. Um sinal simples e fácil de perceber o estado de hidratação do corpo é observar a urina. “Se a urina tiver aquele amarelo bem clarinho, você está super bem hidratado. Se a urina já tiver a cor amarela bem concentrada, aquela urina alaranjada, cuidado, você já deve estar desidratado”, recomenda a médica.
Grupos vulneráveis como crianças e idosos merecem atenção especial. Em geral, as crianças costumam não interromper as brincadeiras para beber água, por isso, cabe aos pais ou cuidadores estarem sempre oferecendo líquidos. Já no caso dos idosos, o alerta é ainda maior, pois eles tendem a perder a sensibilidade com o passar dos anos e acabam não sentindo sede, fazendo com que muitos não percebam que estão desidratados.
“O idoso não sente sede, e aí mora o perigo. Não devemos esperar ter sede para beber água. Se o idoso for esperar ter sede para beber, ele pode passar dias sem ingerir nenhuma quantidade de líquido. É preciso que o idoso que se comanda se policie para beber água, e aquele idoso mais dependente, que o cuidador ofereça várias vezes ao dia”, orienta a médica.
A hidratação também pode ser reforçada por meio de alimentos ricos em água, como as frutas, a exemplo da melancia, do melão, da tangerina e da laranja. Elas são boas aliadas, principalmente para pessoas quetêm dificuldade de ingerir líquidos. A água de coco também é uma excelente opção. Por outro lado, é importante evitar bebidas industrializadas e alcoólicas, como refrigerantes, sucos de caixinha e cervejas, que podem ter efeito contrário à hidratação devido à presença de açúcar e outros aditivos.
A pele também exige cuidados e, com a maior incidência dos raios solares, o uso diário de protetor solar é indispensável, inclusive para quem trabalha ao ar livre. Para as pessoas que obrigatoriamente trabalham expostas ao sol, é importante, além da aplicação do protetor solar, fazer uso de outros equipamentos que diminuam a incidência do calor, como o uso de roupas adequadas, como chapéus, bonés, calças e blusas de manga comprida, que ajudam a minimizar os efeitos da exposição prolongada ao sol.
“A gente mora em um Estado onde os raios solares são bem marcantes. Então é importante sair de casa com protetor solar e evitar a exposição ao sol naqueles horários que chamamos de pico, entre 10h da manhã e 16h”, alerta Nayane Piauilino.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.