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'Voto impresso deve cair em plenário', prevê Marcelo Castro

O senador entende que o tema não deve seguir, mas alerta, "como vivemos vivemos tempos estranhos, tudo é possível"

21/08/2025 às 17h22

21/08/2025 às 17h22

Em entrevista ao Jornal Eldorado, da Rádio Eldorado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do novo Código Eleitoral, reafirmou ser contrário à inclusão do voto impresso no texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. "O voto impresso é um retrocesso. Só vai trazer mais insegurança, mais problema e judicialização", disse o parlamentar, lembrando que o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou a proposta inconstitucional em 2015.

Marcelo Castro acredita que o parecer que quer o voto impresso não deve ser aprovado em plenário. - (Edilson Rodrigues/Agência Senado) Edilson Rodrigues/Agência Senado
Marcelo Castro acredita que o parecer que quer o voto impresso não deve ser aprovado em plenário.

Segundo o senador, a inclusão ocorreu após destaque do senador Esperidião Amin (PP-SC), aprovado contra seu voto. Castro afirmou, porém, que não acredita na aprovação do dispositivo em plenário. "Pela lógica, o plenário vai votar contra. Mas como vivemos tempos estranhos, tudo é possível", ponderou.

Entre os pontos que considera avanços do novo Código Eleitoral, Castro destacou a reserva obrigatória de 20% das cadeiras em todos os parlamentos do País para mulheres, incluindo Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional. "O Brasil ocupa uma situação constrangedora no cenário internacional: é o 137º país em representatividade feminina. Isso é inaceitável", afirmou. O texto também altera a Lei da Ficha Limpa, fixando em oito anos o prazo de inelegibilidade a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à condenação, para uniformizar prazos e evitar interpretações diferentes.

Questionado sobre as críticas à redução de penas para a propagação de fake news em campanhas, o senador disse que o tema deve seguir em debate. "É um problema universal. Precisamos aprender com legislações como a da União Europeia e dos Estados Unidos. É um assunto sensível que exige muito cuidado." O projeto ainda precisa ser votado pelo plenário do Senado até setembro para ter validade nas eleições de 2026.


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Estadão Conteúdo