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México confirma 1º caso da ‘supergripe’ H3N2; veja sintomas, tratamento e como evitar

A organização recomenda reforçar a vigilância da influenza, do vírus sincicial respiratório (VSR) e do SARS-CoV-2, adotar as medidas necessárias de prevenção e controle contra infecções por vírus respiratórios,

15/12/2025 às 10h36

Autoridade de Saúde do México confirmaram a detecção do primeiro caso de influenza A (H3N2), subclado K, em uma pessoa que apresentou sintomas respiratórios e respondeu bem ao tratamento ambulatorial com antiviral. Segundo o comunicado oficial, o paciente já se encontra recuperado.

México confirma 1º caso da ‘supergripe’ H3N2; veja sintomas, tratamento e como evitar - (Pixabay) Pixabay
México confirma 1º caso da ‘supergripe’ H3N2; veja sintomas, tratamento e como evitar

De acordo com a Secretaria de Saúde, o caso foi identificado dentro do sistema de monitoramento rotineiro conduzido pelo Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Sinave), que mantém acompanhamento permanente para detectar de forma oportuna qualquer evento de relevância em saúde pública.

A organização recomenda reforçar a vigilância da influenza, do vírus sincicial respiratório (VSR) e do SARS-CoV-2, adotar as medidas necessárias de prevenção e controle contra infecções por vírus respiratórios, implementar medidas que garantam o diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado, especialmente entre a população de alto risco de apresentar doença grave.

A Opas também orienta os países a garantir a vacinação contra vírus respiratórios, assegurando uma elevada cobertura vacinal em grupos de alto risco, realizar a previsão e organização adequadas dos serviços de saúde, para garantir o cumprimento rigoroso das medidas de controle e prevenção de infecções, o fornecimento adequado de antivirais e equipamentos de proteção individual, bem como uma comunicação adequada dos riscos à população e aos profissionais de saúde.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explica que vírus com menos circulação no país tendem a produzir temporadas mais agressivas, já que a população brasileira tem menos imunidade gerada pelo contato com o patógeno em anos anteriores. Mas a alta cobertura vacinal pode fazer a diferença.

"O que a gente recomenda sempre é que os grupos mais vulneráveis estejam vacinados. Crianças, idosos, gestantes, imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas, esses precisam ser vacinados porque representam 3/4 dos óbitos de influenza no nosso país", enfatiza. 

Kfouri lembra que os países do Hemisfério Norte já estão vivendo a temporada de influenza, o que deve antecipar como será a temporada no Hemisfério Sul, no ano que vem. 

"Começou mais cedo lá e em alguns países está chamando a atenção, mas o final da temporada é que vai nos revelar", disse.

Quais são os sintomas da gripe H3N2?

A cepa H3N2 do vírus Influenza A manifesta-se como uma gripe de forte intensidade. Diferente de um resfriado comum, que evolui gradualmente, a infecção por H3N2 costuma ter um início súbito, derrubando a disposição do paciente rapidamente.

Embora os sintomas sejam similares aos de outras síndromes gripais, a intensidade das dores e a febre alta são características marcantes desta variante.

  • Febre alta e súbita: A temperatura sobe rapidamente (geralmente acima de 38°C) logo no início.
  • Dores intensas: Dor de cabeça forte e dores no corpo (muscular e articulações).
  • Sintomas respiratórios: Tosse seca, garganta inflamada e coriza/nariz entupido.
  • Fraqueza: Sensação de fadiga excessiva e mal-estar geral.

Qual a diferença entre a gripe H1N1 e H3N2?

Embora ambos sejam subtipos do vírus Influenza A e causem a mesma doença (a gripe), eles possuem origens genéticas distintas e podem atingir grupos de risco com intensidades diferentes. Clinicamente, os sintomas são quase idênticos, tornando impossível diferenciá-los sem um exame laboratorial.

O que muda na prática:

  • Grupos de Risco: Historicamente, o H1N1 (conhecido pela pandemia de 2009) mostrou-se mais agressivo em jovens adultos, gestantes e pessoas com obesidade.
  • Agressividade: O H3N2 tem uma tendência a sofrer mutações mais rápidas, o que às vezes reduz a eficácia da imunidade adquirida em anos anteriores, podendo causar surtos mais intensos fora de época.
  • Vacinação: A boa notícia é que a vacina anual da gripe (trivalente ou quadrivalente) é atualizada para proteger contra ambas as cepas.

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Por Estadão de Conteúdo