Teresina gasta mensalmente R$ 17 milhões com a limpeza pública, segundo dados oficiais. Apesar da tentativa de reduzir os custos, o descarte irregular de lixo tem comprometido o orçamento, alcançando cerca de 500 toneladas por mês, praticamente o mesmo volume da coleta regular.

Divulgação/Semduh

Quantidade de lixo descartado de forma irregular chega a ser o mesmo volume da coleta regular.

O valor atual representa uma redução de R$ 25 milhões para R$ 17 milhões após decisão judicial que retirou a antiga empresa responsável pela coleta. A prefeitura reforça que a colaboração da população é essencial, com o descarte correto dos resíduos nos locais apropriados.

“Tinha uma empresa a pior de todas e, graças a Deus, a gente conseguiu tirar depois de 19 ações judiciais. Foi feita uma licitação provisória, chamada emergencial, que há 15 anos se repete. Então, em vez de uma empresa só de fazer coleta, são duas agora, e em vez de você ter só uma para o aterro sanitário, são três”, disse o prefeito Silvio Mendes.

A limpeza pública de Teresina foi tema de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal, cujo relatório final acabou marcado por polêmicas. O presidente da comissão, Fernando Lima (PDT), renunciou ao cargo e votou contra o próprio parecer.

Em novembro, a prefeitura publicou no Diário Oficial o reconhecimento de um débito de R$ 2.049.747,77 referente aos serviços de limpeza urbana executados entre 19 de agosto e 2 de setembro de 2025 pela antiga empresa. O montante foi dividido entre coleta e transporte de resíduos (R$ 1.254.462,70), disposição final ambientalmente adequada (R$ 651.165,92) e coleta seletiva (R$ 144.119,15).

O novo edital de licitação, estimado em R$ 1,9 bilhão, já foi concluído, mas aguarda decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) para ser lançado. O processo também foi citado no relatório final da CPI do Lixo, encerrada em novembro.