A pauta da segurança pública sempre rende votos. No Piauí, ao longo da história, são dezenas de policiais, delegados ou gestores da área que decidiram entrar para a política e quando isso ocorre, todos eles seguem o mesmo modelo de ação: ocupam lugares de destaque na estrutura administrativa da segurança, divulgam seu trabalho de forma massiva e passam a ser figuras presentes e acessíveis à imprensa. Agora, com as redes sociais, também é preciso ter verdadeiras produtoras para gravar, editar e “jogar” os vídeos da atuação policial nas redes sociais.
Dessa forma, atualmente, o superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança do Piauí, Matheus Zanatta, e o diretor do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Charles Pessoa, seguem exatamente o mesmo roteiro que no passado foi protagonizado por figuras como Robert Rios, Marllos Sampaio e Fábio Abreu.

Por enquanto, tanto Zanatta quanto Charles Pessoa negam o interesse em candidaturas. Mas isso também está no script. Até porque de agora até o prazo para desincompatibilização, é necessário seguir com a performance de delegados que atuam firmemente no combate a criminalidade. E de fato combatem, ressalte-se. Charles Pessoa é um estudioso sobre as organizações criminosas e tem uma vasta experiência no combate às facções. Não à toa que as operações do Draco alcançam números extraordinários no estado.
Nas últimas semanas, Zanatta tem apostado no combate a prática do “grau” no estado, prendendo quem pratica manobras arriscadas em locais inadequados e visitando familiares vítimas de quem executava manobras. Tudo gravado.
