Com a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio 2025 já completa, estudantes vivem agora os delicados momentos de preparação para o segundo bloco de questões, que acontece no próximo domingo (16), revisando com estratégia. Na área de Ciências da Natureza, a Química é uma das disciplinas que mais exigem atenção e, segundo o professor JonJon, especialista na área, é também uma das que mais geram ansiedade entre os candidatos.

Segundo o educador, o maior segredo nesta reta final está na constância e no foco no essencial. “Os conteúdos que mais caem são sempre os mesmos, então não é para ter surpresa. Quem estudou o ano todo está preparado”, afirmou o professor, que tem vasta experiência com público voltado para o Enem e vestibulares em geral.

Reprodução/Agência Brasil

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Entre os temas mais cobrados, ele destaca funções orgânicas (como álcool e ácido carboxílico), separação de misturas e cálculo estequiométrico. Também aparecem com frequência a lei de Hess, eletroquímica e radioatividade. De acordo especialisras, a prova do Exame Nacional costuma priorizar situações do cotidiano, como fenômenos químicos presentes em alimentos, combustíveis e processos industriais. É também importante lembrar que a prova valoriza a interpretação e a aplicação prática, não apenas o domínio teórico.

Análises do professor mostram que, na área de Química, assuntos de físico-química (principalmente eletroquímica e concentração das soluções) são os mais cobrados, com 33,3% de frequência. Em seguida, vem química geral (em especial cálculo estequiométrico e separação das misturas), orgânica (com reações orgânicas no topo de assuntos), atomística (com forças intermoleculares dominando), meio ambiente (somente poluição) e, por fim, bioquímica (principalmente enzimas e hidratos de carbono).

Para JonJon, a revisão ideal nestes últimos dias deve ser ativa e direcionada. “O aluno deve resolver questões, revisar o conteúdo resolvendo questões. É a maneira mais prática que existe”, reforçou. De acordo com ele, não é hora de buscar tópicos novos ou se arriscar em exercícios de alta complexidade. “Esquece esse costume de fazer só questões difíceis. O Enem não é isso. São questões do dia a dia, nada de nível muito alto”, ressalta.

A organização e o tempo de prova também merecem atenção do candidato. O professor explica que a estratégia ideal é começar pela disciplina de maior afinidade e deixar as questões mais desafiadoras para o fim. “Faça primeiro o que você domina. Leu a questão e travou? Pula e vai para outra. O tempo é muito importante e a média é de três minutos por questão”, orienta. Essa gestão eficiente é fundamental, já que, segundo ele, o maior erro dos candidatos é perder tempo insistindo em perguntas que não conseguem resolver de imediato.

Preparação psicológica

Mas o especialista em química também reforça que, nesta reta final, não se trata apenas de revisar fórmulas e conceitos. O equilíbrio emocional e o bem-estar físico são tão importantes quanto o estudo. “A pessoa tem que manter a rotina. Fazer exercício leve, se hidratar, comer bem, dormir direito. Nada de inventar moda agora”, aconselha.

O professor recomenda que os alunos usem os primeiros dias desta última semana antes do teste para aliviar a tensão. “Hoje, o ideal é caminhar, conversar um pouco com os amigos, desopilar. Depois, voltar ao ritmo normal de estudos. Se a pessoa estudava quatro horas de manhã e três à tarde, mantenha o mesmo ritmo. É isso que faz o cérebro funcionar na hora da prova, mesmo sob pressão”, destaca ele.

Com a prova se aproximando, a principal dica é confiar no próprio preparo e preservar a tranquilidade. A prática de exercícios leves, a boa alimentação e o descanso adequado ajudam a manter o foco. O Enem é uma prova longa, que exige não apenas conhecimento, mas também resistência emocional. Como lembra JonJon, o segredo é manter o equilíbrio, respeitar o próprio ritmo e fazer a prova com calma e estratégia.