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Conta de luz fica mais barata após impacto da inflação em outubro

A mudança na tarifa de energia para a bandeira amarela, a partir de novembro, deverá aliviar o peso da conta de luz na inflação geral, com a expectativa de que a pressão sobre o índice diminua

08/11/2024 às 12h48

Após um mês de outubro marcado pela alta nos preços da energia elétrica, com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, a conta de luz deve trazer um alívio para os consumidores a partir de novembro. A mudança para a bandeira amarela traz um acréscimo de apenas R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, o que pode reduzir o impacto da energia elétrica na inflação geral. Essa alteração nas tarifas promete diminuir a pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em outubro teve uma aceleração de 0,56%.

Conta de luz fica mais barata com bandeira amarela após impacto da inflação em outubro - (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Conta de luz fica mais barata com bandeira amarela após impacto da inflação em outubro

Em outubro, o aumento de 4,74% na energia elétrica residencial foi o maior responsável pela pressão sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 0,56%. A energia elétrica contribuiu com 0,20 ponto percentual para esse resultado, sendo o maior impacto entre os itens que compõem o índice. A tarifa foi majorada devido à bandeira vermelha patamar 2, que adicionou R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Para se ter uma ideia do impacto, em setembro, a tarifa estava sob a bandeira vermelha patamar 1, que acrescentava R$ 4,46.

Por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira adotada a partir de novembro é a amarela, que acrescenta R$ 1,885 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. A aposta é que a conta de luz deixará de exercer pressão com a mesma intensidade sobre a inflação geral.

Outros itens em alta

O grupo de Alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (5,81% e 0,14 p.p. de impacto), com destaque para os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).

A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.

De ônibus, preços vão mais devagar

Por outro lado, a única queda registrada em outubro veio de Transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas, com queda de -11,50% nos preços e -0,07 p.p. de impacto no índice geral.

Trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração transporte público (-3,04%) também contribuíram para o resultado negativo do grupo. O resultando desses subitens é explicado em decorrência das gratuidades concedidas à população nos dias das eleições municipais que aconteceram em outubro.

Em relação aos combustíveis (-0,17%), houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular (0,48%) registrou alta.

INPC tem alta de 0,61% em outubro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,61% em outubro, 0,13 p.p. acima do resultado observado em setembro (0,48%). No ano, o INPC acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, de 4,60%, acima dos 4,09% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2023, a taxa foi de 0,12%.

Os produtos alimentícios (1,11%) registraram aumento de preços pelo segundo mês consecutivo, acelerando de 0,49% em setembro para 1,11% em outubro. Por sua vez, a variação dos não alimentícios (0,45%) ficou abaixo do resultado de setembro (0,48%).

Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (0,94%), por conta do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,09%), por conta dos recuos dos preços do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).

Mais sobre as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA e INPC, referente a novembro, será divulgado em 10 de dezembro.

Com informações Gov BR


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Com edição de Nathalia Amaral