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'Colocar o governo na rua', diz Boulos ao assumir Secretaria-Geral da Presidência

Antes de assumir o novo cargo, Boulos atuava como deputado federal por São Paulo, eleito com mais de 1 milhão de votos. Ele substituirá Márcio Macêdo, que deixa a função após quase dois anos no posto.

21/10/2025 às 10h35

21/10/2025 às 10h35

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar a Secretaria-Geral da Presidência da República, conforme anúncio feito nesta segunda-feira (20). O novo ministro afirmou que sua principal missão será aproximar o governo da sociedade e ampliar o diálogo com os movimentos sociais.

'Colocar o governo na rua', diz Boulos ao assumir Secretaria-Geral da Presidência - (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados) Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
'Colocar o governo na rua', diz Boulos ao assumir Secretaria-Geral da Presidência

Em publicação nas redes sociais, Boulos destacou o papel que pretende desempenhar à frente da pasta. Segundo ele, o objetivo é fazer com que o governo mantenha contato direto com a população em todas as regiões do país. “Agradeço ao presidente Lula pelo convite para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, escreveu o novo ministro.

Antes de assumir o novo cargo, Boulos atuava como deputado federal por São Paulo, eleito com mais de 1 milhão de votos. Ele substituirá Márcio Macêdo, que deixa a função após quase dois anos no posto. O parlamentar afirmou que pretende levar ao Planalto a experiência adquirida em sua trajetória de militância social. “Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro e levarei esse aprendizado agora ao Planalto. Presidente, sua confiança será honrada com muito trabalho”, complementou.

A Secretaria-Geral a Presidência é o ministério responsável pelo diálogo e interlocução do governo com organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Na reunião em que Boulos recebeu o convite para a pasta, estavam presentes Márcio Macedo, a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, e os ministro Rui Costa, da Casa Civil, e Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social.

Biografia

Boulos tem 43 anos e uma trajetória política voltada ao ativismo urbano. No novo cargo, terá como desafios a articulação política entre o Palácio do Planalto, os movimentos sociais e a sociedade civil. O novo ministro nasceu em São Paulo, mais precisamente na região de Pinheiros, no dia 19 de junho de 1982. É o filho caçula dos médicos infectologistas e professores universitários Maria Ivete e Marcos Guilherme Boulos.

Seus primeiros anos de estudo foram em escolas particulares quando, no ensino médio, pediu aos pais que o transferissem para uma escola pública. O interesse pela política acabou levando-o a ingressar no movimento estudantil, aos 15 anos.

Na Escola Estadual Fernão Dias Paes, criou um grêmio estudantil, participou de protestos contra a direção e fez trabalhos de alfabetização de jovens e adultos em comunidades da capital. Ingressou no curso de filosofia da USP em 2000. Especializou-se em psicologia clínica pela PUC e se tornou mestre em psiquiatria pela USP. Na vida profissional, foi também professor da rede pública e escritor, tendo publicado os livros "Por que ocupamos?"; "De que lado você está?"; e "Sem Medo do Futuro".

Movimento social e política

Aos 19 anos, Boulos foi morar em uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) – grupo do qual viria a se tornar uma liderança, dedicando-se por décadas à luta por moradia digna e reforma urbana. Foi ali que conheceu sua companheira, Natália Szermeta, com quem teve duas filhas: Sofia e Laura.

Filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ganhou notoriedade nacional quando foi candidato à Presidência da República em 2018, com apenas 35 anos. Concorreu por duas vezes à prefeitura de São Paulo, em 2020 e 2024.

Foi eleito deputado federal em 2022, com mais de 1 milhão de votos, tornando-se não apenas o candidato mais votado do estado, mas o segundo mais votado de todo o país.

Com informações da Agência Brasil


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Com edição de Nathalia Amaral