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Cantora Preta Gil será cremada; entenda como funciona o processo de cremação

Cremação custa de R$ 2 mil a R$ 10 mil e está inclusa em alguns planos funerários. Para ser cremado é preciso registrar o desejo em vida ou familiares autorizarem por escrito após a morte.

25/07/2025 às 14h31

25/07/2025 às 14h31

Nesta sexta-feira (25), o Brasil se despede da cantora Preta Gil, vítima de câncer colorretal e que faleceu no último domingo (20) em Nova York. O velório acontece no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e reúne amigos, familiares e fãs da cantora. À tarde, Preta Gil será cremada. Mas você sabe como funciona um processo de cremação? 

Cantora Preta Gil será cremada; entenda como funciona o processo de cremação - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
Cantora Preta Gil será cremada; entenda como funciona o processo de cremação

A cremação é um processo alternativo ao sepultamento tradicional e tem se tornado comum no Brasil. Nele, o corpo é reduzido a cinzas por meio de calor intenso. Ao contrário do que muita gente pensa, ser cremado não significa ter o corpo queimado, e sim aquecido até que ele vire pó.

No Brasil, é preciso ter autorização legal para ser cremado. Se a pessoa tiver interesse em ser cremada, ela deve deixar registrada em cartório uma autorização escrita. Ou os familiares diretos (pais, filhos ou cônjuge) podem autorizar a cremação. Para que ela ocorra, é necessário apresentar os documentos do falecido como CPF, RG e a certidão de óbito. Esta última é exigida e deve conter a causa da morte assinada por dois médicos. Se o falecido teve uma morte violenta, anexa-se uma autorização judicial.

É que em casos de morte violenta, a cremação só pode ocorrer com autorização da justiça, de modo que não atrapalhe o processo de investigação. E em algumas religiões, a cremação é proibida, como no caso do judaísmo ortodoxo e do islamismo mais tradicional.

Foi por questões de filosofia religiosa e de evitar tanta burocracia depois da morte que o editor Luís Carlos Oliveira decidiu investir na cremação. Budista, ele comprou sua própria cremação há três anos, quando um cemitério em Teresina abriu o primeiro crematório da capital. No Budismo, a cremação está alinhada com o princípio da impermanência da vida e do desapego ao corpo físico. Algumas tradições acreditam que a cremação ajuda a alma a se desprender mais fácil do mundo material e seguir seu caminho ao renascimento.

Entenda como funciona o processo de cremação - (Paulo Pinto/Agência Brasil) Paulo Pinto/Agência Brasil
Entenda como funciona o processo de cremação

Para Luís Carlos, além das questões filosóficas e religiosas, ele optou pela cremação por conta da rapidez do processo. Ele diz que cremar alguém não se compara às dificuldades enfrentadas por quem tenta enterrar dignamente um ente querido.

“Eu sempre fui uma pessoa muito preocupada em não deixar problema para os outros e para a minha família, principalmente. E sei a dificuldade que as pessoas têm quando perdem alguém, porque hoje é muito caro um enterro quando não se tem um plano funeral. E mesmo tendo, só se garante o caixão. Se você não tem um espaço para ser enterrado, é um problema. Então para evitar esse transtorno para minha família, optei por investir na cremação”, conta Luís Carlos.

Na época em que comprou a cremação, ele investiu cerca de R$ 6 mil com descontos. Hoje, uma cremação simples (sem velório) no Brasil custa em média de R$ 2 mil a R$ 4 mil. A cremação com velório e cerimônia pode chegar de R$ 5 mil a R$ 10 mil. E os planos funerários com cremação incluída chegam a custar a partir de R$ 50 mensais em vida. Cidades como São Paulo, Curitiba e Porto Alegre possuem crematórios públicos com preços mais acessíveis ou cremações gratuitas em alguns casos, algo que ainda não existe em Teresina.

Cremação é uma alternativa ao sepultamento comum - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Cremação é uma alternativa ao sepultamento comum

Como funciona o processo de cremação?

Após o óbito, a família apresenta os documentos do falecido à funerária junto com o termo de autorização por escrito assinado por um parente próximo ou pelo próprio falecido em vida. Em seguida vem a preparação do corpo. O velório acontece normalmente, mas antes da cremação é preciso retirar objetos metálicos como marca-passos ou próteses.

O corpo, então, é colocado em um caixão apropriado e inserido em um forno crematório, aquecido entre 800°C e 1.000°C. Dependendo do tamanho do corpo, o processo de cremação dura de uma a três horas.

Após a queima, os restos mortais, ou seja, os ossos calcificados, são resfriados e pulverizados em uma máquina, torna-se cinzas finas. Estas cinzas são colocadas em uma urna funerária e entregue à família. Cabe aos familiares decidirem o que fazer com as cinzas do falecido: há quem guarde, quem prefira espalhar em um local simbólico, há quem transforme as cinzas em objetos afetivos como joias, esculturas ou coloque nas raízes de uma árvore. E há, ainda, os columbários, que são nichos em cemitérios que guardam as urnas funerárias.


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