nesta segunda-feira (7) a aprovação de um novo marco legal para a regulação das redes sociais. Durante debate no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, ele manifestou apoio ao Projeto de Lei 4691/24, apresentado no fim do ano passado pelos deputados Silas Câmara (Republicanos-AM) e Dani Cunha (União-RJ).

LEIA TAMBÉM
“É um projeto de lei bastante equilibrado, ao trazer obrigações e responsabilidades dos agentes”, afirmou Baigorri. A proposta proíbe o anonimato nas redes e responsabiliza plataformas digitais por eventuais danos causados por conteúdos postados.
Segundo Baigorri, esse tipo de responsabilização é fundamental para corrigir distorções da atual legislação, especialmente do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que impede a responsabilização das plataformas sem decisão judicial prévia.

Enquanto isso, outro projeto de lei discute na Câmara dos Deputados com foco na responsabilização de crimes digitais. O PL 4658/24, de autoria do deputado Paulo Litro (PSD-PR), propõe o aumento das penas para crimes cometidos em ambiente virtual, como calúnia e difamação.
“É imperativo que o sistema jurídico evolua de forma a assegurar que tais práticas sejam adequadamente punidas, refletindo a gravidade e o impacto desses crimes na sociedade”, justificou Litro.

O presidente da Anatel reforçou que o ambiente digital precisa de um equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade, algo que ainda não se vê nas plataformas atuais.
“Todo mundo deve responder pelo que fala. Há um equilíbrio entre a liberdade e a responsabilidade”, disse Baigorri. “No ambiente digital, esse equilíbrio não é observado, tem-se a liberdade de expressão, mas não a vedação ao anonimato”, completou.
Já o projeto de Paulo Litro altera o Código Penal, estabelecendo que crimes contra a honra, quando cometidos por meio da internet, tenham pena aumentada em 1/3.
“O ambiente virtual, muitas vezes percebido como um território sem lei, pode passar a ser visto de forma diferente se houver uma legislação clara e aplicada com rigor”, defendeu o parlamentar.
O debate ocorre em meio à indefinição sobre a principal proposta em tramitação no Congresso sobre o tema, o PL 2630/20, conhecido como PL das Fake News, aprovado no Senado, mas que segue sem consenso na Câmara desde 2020.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.