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PIB avança pouco e aponta insegurança sobre recuperação econômica

Com crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, soma de bens desacelera; setor de serviços permanece estagnado.

04/12/2025 às 10h02

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na manhã desta quinta-feira (04), que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu apenas0,1% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2025, resultado que revela a fragilidade da recuperação econômica. A soma de todos os bens e serviços produzidos alcançou, aproximadamente, R$ 3,2 trilhões, mantendo o valor corrente observado no trimestre anterior.

PIB avança pouco e aponta insegurança sobre recuperação econômica - (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil) Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
PIB avança pouco e aponta insegurança sobre recuperação econômica

Embora a Agropecuária e a Indústria tenham contribuído de forma positiva, com altas de 0,4% e 0,8%, respectivamente, o setor de serviços (que representa a maior parte da economia brasileira) praticamente não variou, com avanço de somente 0,1%. Para aqueles que dependem da economia do dia a dia, com empregos, comércio e serviços públicos, por exemplo, isso pode ter significado negativo.

Na indústria, o bom desempenho foi puxado pelas indústrias extrativas e pela construção, com altas de 1,7% e 1,3%. Já no que diz respeito às atividades de serviços, houve expansão em transporte e comunicação, comércio e construção civil, mas uma retração em serviços financeiros.

Em relação ao consumo, o das famílias aumentou 0,1% e o do governo cresceu em 1,3%. Já a formação bruta de capital fixo, uma espécie de indicador de investimentos, registrou um rápido crescimento de 0,9%.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, o cenário atual se revela mais favorável. O PIB subiu em 1,8%, com ganhos expressivos na agropecuária (10,1%), moderação na indústria (1,7%) e serviços (1,3%), o que inclui recuperação no volume de bens e serviços produzidos. Além disso, no acumulado dos quatro trimestres, o PIB apresenta crescimento de 2,7%.

Impacto no bolso

Para o cidadão comum, um crescimento industrial tão “tímido” sugere que, nem sempre, o avanço econômico significa um aumento real de renda, geração de empregos ou melhoria imediata no poder de compra. A estagnação do setor de serviços, onde estão grande parte dos empregos e do comércio, reforça a questão.

Especialistas na área alertam que o ritmo desacelerado pode refletir incertezas em relação à economia do país como um todo, pouco crescimento no consumo ou pressões inflacionárias, fatores que pesam no bolso da população. A realidade de um Brasil que se mantém de pé, mas com passos lentos, é sentida no cotidiano da maior parte da população.


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Com supervisão de Nathalia Amaral.