Como saber quais alimentos podem ou não ser conservados na geladeira? Essa é uma dúvida bastante comum, afinal, nem todos precisam estar refrigerados para terem sua durabilidade prolongada. Além disso, fatores como a temperatura ambiente influenciam diretamente na qualidade e na conservação dos alimentos. Em Teresina, durante o B-R-O-Bró, período mais quente do ano, a atenção deve ser redobrada para evitar desperdícios e riscos à saúde.

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O que pode e não pode guardar na geladeira? Saiba como conservar e armazenar os alimentos

A primeira orientação, e talvez a mais importante, é que antes mesmo de serem levados à geladeira, os alimentos devem passar por higienização. Esse hábito se tornou frequente durante a pandemia, mas muitas pessoas deixaram de praticá-lo. “Além das frutas e verduras, também é indicado higienizar embalagens, como latas de milho ou potes de requeijão, antes de colocá-las na geladeira”, destaca a nutricionista Amanda de Sá.

Segundo a especialista, os alimentos perecíveis podem, em alguns casos, ser guardados na despensa, mas os in natura e mais sensíveis devem ser refrigerados. Exemplos como cebola e alho podem ser armazenados tanto fora quanto dentro da geladeira. A recomendação é optar por unidades menores, que possam ser utilizadas de uma só vez no preparo das refeições.

Entretanto, quando a cebola já foi cortada, a orientação é nunca a deixar solta dentro da geladeira. Caso seja necessário armazená-la, deve ser guardada em recipiente adequado, bem tampado, para que o cheiro não se espalhe e contamine outros alimentos.

Como guardar os alimentos

É comum que, após as refeições, as panelas fiquem sobre o fogão até o próximo consumo. No entanto, segundo Amanda de Sá, essa prática deve ser evitada, especialmente em dias mais quentes, pois os alimentos cozidos se deterioram rapidamente fora da refrigeração. Nesses casos, a recomendação é armazenar as sobras em recipientes com tampa e colocá-las na geladeira, preferencialmente na segunda prateleira. Antes de consumir novamente, deve-se observar textura, aparência e cheiro.

Para o congelamento, a orientação é fracionar os alimentos em porções, descongelando apenas a quantidade necessária. “Ao congelar e descongelar repetidas vezes, o alimento perde nutrientes e sofre alteração na textura. Por isso, o ideal é porcionar antes de levar ao freezer”, ressalta a nutricionista.

No caso de verduras, legumes e frutas, o armazenamento deve ser feito no gavetão da geladeira. Antes disso, é essencial realizar uma boa higienização, seja com produtos específicos ou com solução de água sanitária diluída. Após a lavagem, é importante secar bem, já que a umidade acelera o processo de deterioração. O ideal é guardá-los em embalagens limpas de plástico ou vidro.

Quem costuma preparar saladas para a semana pode armazenar os alimentos em potes de vidro com tampa, sem adicionar temperos, que devem ser colocados apenas no momento do consumo.

As carnes, sejam cozidas ou assadas, precisam ser refrigeradas imediatamente após o preparo e consumidas em até dois dias. Como possuem maior quantidade de água, são mais suscetíveis à contaminação.

Outro ponto de atenção é o armazenamento dos ovos. Apesar do espaço destinado a eles na porta da geladeira, essa prática não é recomendada. “Os ovos devem ser guardados na segunda ou terceira prateleira, nunca na porta, pois são extremamente perecíveis e sensíveis às variações de temperatura. Em cidades quentes como Teresina, não devem ser mantidos fora da geladeira”, reforça Amanda de Sá.

Como organizar os alimentos na geladeira

• Freezer: Armazene carnes cruas, legumes e verduras congelados, além de gelo.
• Primeira prateleira: Coloque alimentos mais perecíveis, como iogurtes, leite e derivados.
• Segunda prateleira: Reserve para as sobras das refeições, sempre em recipientes fechados.
• Terceira prateleira: Utilize para alimentos em processo de descongelamento.
• Gavetão: Destine às frutas, verduras e legumes devidamente higienizados e secos.
• Porta: Ideal para bebidas, temperos, geleias, conservas, sucos e água. Evite armazenar ovos e outros alimentos sensíveis às mudanças de temperatura.