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Brasil registra menor desmatamento em unidades de conservação da Amazônia desde 2008

Dados do INPE mostram queda de 74% na Amazônia; governo destaca papel das comunidades e da fiscalização.

03/11/2025 às 10h31

O Brasil registrou, em 2025, o menor índice de desmatamento em unidades de conservação federais da Amazônia desde 2008. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e apontam uma queda de 74% em relação a 2022, ano em que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) intensificou ações de fiscalização e proteção ambiental. No Cerrado, a redução foi de 62%.

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram registrados 134 quilômetros quadrados de desmatamento em unidades de conservação da Amazônia e 31 quilômetros quadrados no Cerrado, os menores números desde a criação do ICMBio, em 2007. O resultado reforça a viabilidade da meta nacional de alcançar desmatamento zero até 2030.

Brasil registra menor desmatamento em unidades de conservação da Amazônia desde 2008 - (Reprodução/Agência Brasil) Reprodução/Agência Brasil
Brasil registra menor desmatamento em unidades de conservação da Amazônia desde 2008

Segundo o presidente do ICMBio, Mauro Pires, o resultado “demonstra que a estratégia do Instituto está apresentando efeitos reais e consistentes”. Ele destacou o papel da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a “orientação política clara do presidente Lula”, ambos comprometidos com o combate à devastação ambiental.

Pires atribui o bom desempenho à retomada da presença do ICMBio nos territórios, com reforço na fiscalização, no combate às ilegalidades e na reativação de conselhos participativos. “Também investimos na recomposição de políticas sociais que chegam diretamente a povos e comunidades tradicionais, além da aquisição de veículos e equipamentos”, afirmou.

A ministra Marina Silva comemorou os resultados e destacou que a redução do desmatamento em áreas protegidas “revela o compromisso do governo com a meta de zerar o desmatamento até 2030”. Segundo ela, as Unidades de Conservação (UCs) têm papel essencial na proteção da biodiversidade, dos modos de vida tradicionais e na manutenção dos serviços ecossistêmicos, como estabilidade climática e regulação das chuvas, que beneficiam toda a sociedade.

O desmatamento total na Amazônia Legal também apresentou queda expressiva de 11,08% em relação ao período anterior, alcançando a terceira menor taxa desde 1988. No Cerrado, a redução foi de 11,49%. Os números consolidam uma tendência de retração que começou em 2023, após cinco anos consecutivos de alta.

Com esses resultados, o Brasil chega à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA) a partir do dia 6 de novembro, com um recado claro de proteger as florestas é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a crise climática.

De acordo com o ICMBio, ecossistemas preservados absorvem e armazenam carbono, evitando a emissão de gases de efeito estufa. Desde 2023, o governo federal criou ou ampliou 14 unidades de conservação em diversos biomas (Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e áreas marinho-costeiras), totalizando cerca de 550 mil hectares, além da criação de 59 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

“Às vésperas da COP, a mensagem que o Brasil leva ao mundo é simples e firme: investir na criação, ampliação e consolidação das unidades de conservação é uma das formas mais eficazes de enfrentar a mudança do clima”, ressaltou Pires.

Os resultados foram comemorados pela ministra Marina Silva no último domingo (2), durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a comunidades tradicionais da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns e da Floresta Nacional do Tapajós, no oeste do Pará. O presidente do ICMBio acompanhou a comitiva e destacou o papel das comunidades como guardiãs da floresta.

Na ocasião, o governo reafirmou o compromisso de fortalecer as políticas públicas que unem conservação ambiental e desenvolvimento social. “Queremos conhecer de perto a realidade dos povos da floresta e garantir que essas populações tenham condições dignas de viver e proteger o que é de todos nós”, declarou o presidente Lula.


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Com informações da Agência Gov.