A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada neste sábado (22) pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, provocou uma onda de repercussão política intensa e polarizada entre aliados, opositores e analistas. A medida, tomada para “garantir a ordem pública”, gerou críticas acaloradas de parlamentares bolsonaristas, que classificam a ação como um ato de vingança judicial.
Entre os congressistas que se manifestaram está Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido de direita na Câmara, que usou as redes sociais para reforçar a inocência de Bolsonaro, alegando que “nunca roubou ninguém” e denunciando perseguição política.
Já Zucco (PL-RS), líder da oposição na Casa, declarou que a prisão preventiva é injusta e simboliza que “quem lutou contra o sistema está hoje refém dele”. A deputada Caroline de Toni (PL-SC) foi mais enfática, afirmando que a detenção do ex-presidente é “um dos maiores absurdos já cometidos pela justiça brasileira”.
Para os opositores de Jair Bolsonaro, no entanto, a ação reforça a resposta institucional ao que consideram desrespeito sistemático às regras democráticas. O lado trata a prisão como uma medida necessária diante das repetidas violações de cautelares por parte de Bolsonaro, envolvendo, por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica e restrições ao acesso a redes sociais.
A família Bolsonaro também reagiu com grande repercussão. Michelle Bolsonaro, que já enfrentava medidas restritivas como o monitoramento 24 horas decretado pelo STF, usou suas redes sociais para expressar sua indignação. Ela tem destacado os desafios de lidar com a “perseguição” e o “desgaste” de sua rotina familiar, especialmente diante das ações judiciais que envolvem seu marido.
A prisão de Bolsonaro reflete uma escalada nas tensões entre o poder judiciário e a ala mais radical da direita nacional. A medida é vista por alguns como um sinal de firmeza institucional para conter riscos percebidos à estabilidade democrática, especialmente após a condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado. Outros, porém, enxergam o ato como um marco perigoso na politização da Justiça, em um momento de polarização extrema.
A repercussão deverá ressoar nos próximos dias, à medida que novas movimentações judiciais possam determinar se Bolsonaro permanecerá preso por tempo integral ou se voltará a responder em prisão domiciliar. A defesa do ex-presidentee já apresentou argumentos ligados à sua saúde debilitada.
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