A "quarta parede" é um conceito usado no cinema para descrever uma barreira invisível entre os personagens de uma obra e o público. Essa parede é imaginária e representa o limite que separa a realidade da ficção. Quando os personagens de uma peça teatral ou de um filme "quebram a quarta parede", significa que eles se dirigem diretamente ao público, reconhecendo sua presença, algo que normalmente não acontece em uma narrativa convencional. Essa técnica é usada para criar um efeito de interação ou para comentar a própria obra, como acontece na série Fleabag e em filmes como Deadpool, Clube da Luta e até mesmo no clássico Monty Python.
Mas por que eu escolhi esse nome para um blog que fala sobre cinema? O nome é simbólico e carrega em si a essência do que torna o cinema uma forma de arte única: a relação entre o que está na tela e o espectador. Ao nomear um blog assim, estou tentando invocar essa ideia de transcendência, de ir além do simples ato de assistir a um filme e mergulhar nas camadas mais profundas que ele oferece. É preciso virar para o público e desafiá-lo a dialogar com o que está posto na tela. Afinal, o cinema não é uma experiência passiva.
Esse nome também sugere que o blog não se limita a uma perspectiva puramente técnica ou acadêmica sobre filmes. Como jornalista, minha intenção é trazer um olhar pessoal, a minha visão como cinéfila de carteirinha. Por isso, encare o blog como um diário, um espaço onde irei depositar as minhas ideias e, caso você se sinta à vontade, poderá também contribuir de alguma forma com os apontamentos que farei aqui.
Para quem não me conhece, meu nome é Nathalia Amaral, sou jornalista formada pela UFPI, mestra em Comunicação e, atualmente, chefe de reportagem do Portal e do Jornal O DIA. O cinema sempre foi uma das minhas paixões e sempre teve uma parte muito importante da minha vida. Escrever esse blog é, portanto, uma forma de colocar no papel as inúmeras horas de conversas na mesa de bar, atrás do volante do carro ou na fila da loteria, sobre uma das minhas maiores paixões. Então, pega seu cafezinho e vem embarcar comigo nessa jornada. Prometo que não será nenhuma viagem até a Montanha da Perdição.